Americana da seleção de futebol admite ser gay às vésperas dos Jogos Olímpicos
Do UOL, em São Paulo
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Jeff Vinnick/Getty Images
Rapinoe, jogadora da seleção norte-americana de futebol que assumiu homossexualidade publicamente
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Menos de um mês antes do início dos Jogos Olímpicos, Megan Rapinoe, jogadora da seleção norte-americana de futebol, declarou publicamente que é homossexual. O momento para a revelação é importante, já que a atleta, que completa 27 anos nesta quinta-feira, quer que sua história encoraje outras na comunidade LGBT.
Rapinoe já se dizia gay abertamente para seus familiares e para as companheiras de equipe, mas somente nesta segunda fez a declaração publicamente, em uma entrevista para a Out Magazine. “Para o registro: Eu sou gay”, disse a jogadora, que explicou os seus motivos ao USA Today Sports.
“Para ser honesta, eu tenho pensado nisso há um tempo, tentado encontrar a melhor hora. Agora, chegando as Olimpíadas, as pessoas querem histórias pessoais. Em geral, nossa seleção está em um lugar onde as pessoas e as crianças olham para nós. Eu abraço isso e acho que tenho muitos seguidores LGBT. Trata-se de manter a cabeça erguida e dizer que você tem orgulho de ser quem é”, declarou.
Até o momento, a atleta garante estar feliz porque a recepção de sua revelação tem sido positiva. Rapinoe namora uma australiana, que também é jogadora de futebol, há três anos e no último Natal a levou para conhecer sua família na Califórnia. A atleta ainda disse que sabia ser gay desde o primeiro ano da faculdade e assumir isso para seus familiares levou um tempo de adaptação.
“Eu simplesmente sentei e conversei com eles. Minha mãe, certa ou errada, tinha sonhos para que eu tivesse um tipo de vida. Leva tempo para que eles se acostumem a isso. Mas eles têm me apoiado muito e me amam exatamente por quem eu sou”.
Para a jogadora, existe uma grande diferença entre um homem e uma mulher assumir sua homossexualidade no esporte. “Eu nunca quis trazer qualquer drama para o time e acho que minhas companheiras de equipe são maduras o suficiente para lidar com isso. O clima é muito diferente para homens. Esse estigma só vai ser quebrado quando as pessoas assumirem e a recepção for positiva. Não significa que não haverá respostas negativas, mas se alguém tiver a coragem de ser o primeiro, o que é muito difícil, essas barreiras podem ser derrubadas rapidamente”, explicou Rapinoe.