O torneio era apenas amistoso, parte da preparação brasileira para a Olimpíada. O técnico Rubén Magnano havia afirmado durante a semana que o resultado interessava menos do que o progresso do trabalho para Londres. No entanto, a vitória sobre a Grécia por 78 a 71 no desfecho do quadrangular internacional em São Carlos, na última quinta-feira, foi festejada como um triunfo com "cara olímpica".

Em uma partida dura, em que a seleção foi mais exigida defensivamente do que nos duelos anteriores com Nova Zelândia e Nigéria, ficou no final a sensação de imposição de jogo contra um rival que costuma estar em grandes competições e que pode ser adversário em Londres [disputa em julho o Pré-Olímpico mundial, atrás de uma das três vagas restantes].

Segundo o técnico Rubén Magnano, apesar da ressalva dos erros em excesso, o sucesso contra os gregos foi uma vitória “para dar moral” ao grupo. Após a partida, os jogadores discursaram em tom semelhante.

"Tivemos um jogo do nível que a gente vai encontrar lá. A Grécia é uma equipe muito bem posicionada e está numa etapa muito mais avançada de treinamento do que a gente. Por isso a forma que nós vencemos foi muito consistente. Claro que temos que melhorar, mas este torneio trouxe coisas positivas", analisou o ala Marcelinho Machado.

"Eles gastam bem os 24 segundos de posse, trabalham cada bola. Eu só tive cinco dias de treino, o Huertas só três, o resto do time duas semanas. Por isso foi uma vitória importante", endossou o pivô Tiago Splitter, que não havia entrado em quadra nas duas partidas anteriores no torneio.

Marcelinho Machado foi o cestinha do confronto com 22 pontos, mas fez questão de destacar o trabalho menos vistoso de outros colegas de equipe.

"Fizemos bem a rotação e realmente sobrou muita bola para eu arremessar. Mas cada um tem a sua função. O Alex fez um trabalho importantíssimo no começo do jogo, na marcação de um dos melhores jogadores deles, o [Vasilis] Spanoulis", declarou o veterano de 37 anos.

Depois da conquista do Torneio Eletrobras em São Carlos, o Brasil agora encara desafios amistosos em Buenos Aires e Foz do Iguaçu, onde Magnano possivelmente definirá a lista final dos 12 jogadores que vão à Olimpíada. Depois desta etapa, a equipe ainda realiza testes de preparação nos Estados Unidos, contra a poderosa seleção local, e na França.