Nezinho corre por fora para integrar lista olímpica e aposta em perfil de 'soldado fiel' de Magnano

Bruno Freitas

Do UOL, em São Carlos (SP)

  • Lucy Nicholson/Reuters

    Nezinho chega como quarto armador do elenco e luta para estar em lista final para Londres

    Nezinho chega como quarto armador do elenco e luta para estar em lista final para Londres

O armador Nezinho luta contra o tempo para convencer o técnico Rubén Magnano de que deve integrar a lista de 12 jogadores que irão aos Jogos de Londres entre julho e agosto. O jogador de Brasília foi convocado para reforçar a preparação da seleção após defender o time B do país no Sul-Americano da Argentina e sabe que corre por fora na disputa com outros nomes de sua posição. No entanto, aposta em seu perfil de "soldado fiel" do comandante para garantir sua primeira Olimpíada.

Magnano já manifestou que deve definir a lista para a Olimpíada durante a passagem por Foz do Iguaçu, em um torneio internacional com Argentina e México, entre 11 e 12 de julho. Na última segunda-feira, véspera da estreia do time em torneio internacional em São Carlos, o técnico argentino confirmou que terá somente três armadores em sua relação.

TORNEIO EM SÃO CARLOS

A seleção de Rubén Magnano estreia no Torneio Eletrobras de São Carlos na noite desta terça, às 21h (de Brasília), diante da Nova Zelândia. Antes, às 19h, as equipes de Grécia e Nigéria abrem a disputa do quadrangular no ginásio Milton Olaio Filho. Os ingressos para a rodada dupla de basquete custam de R$ 10 a R$ 40.

A grande atração da noite será a presença de Nenê Hilário, que volta à seleção depois de um período de afastamento e polêmicas. O pivô do Washington Wizards joga diante de familiares e de seu primeiro treinador em São Carlos.

Neste cenário, Marcelinho Huertas é o intocável, protagonista do time em torneios importantes recentes, como Mundial de 2010 na Turquia e o Pré-Olímpico das Américas. Ainda o esforço para naturalizar Larry Taylor aponta para uma projeção óbvia  do norte-americano como o segundo nome da armação. Assim, deve restar a Nezinho a disputa por espaço com Raulzinho.

"Estou tranquilo, ele [Magnano] tem tempo para avaliar os armadores, se bem que o Huertas não precisa ser avaliado. Chorei muito com essa geração, passamos por muita coisa. Ir à Olimpíada seria a concretização de tudo isso. Mas só tem 12 vagas, é complicado", diz o jogador de 31 anos.

Presente em todas as listas de Magnano desde o começo do trabalho do argentino na seleção, Nezinho diz que sua fidelidade ao trabalho do técnico pode ser influenciar na escolha: "Pode ser esse o diferencial". O jogador de Brasília ainda afirma confiar que o desprendimento de reforçar uma equipe B do país no Sul-Americano, repleta de garotos com pouca experiência, também pode pesar.

"O Magnano foi até Brasília conversar comigo e me disse que necessitava de mim [para a disputa do Sul-Americano]. Sabia que eu poderia estar no grupo principal, caso fosse bem lá", afirma.

Sob direção de Gustavo de Conti, o Brasil encerrou a participação no Sul-Americano apenas com a quarta colocação, mas com a classificação para a Copa América em mãos. Nezinho diz que o desempenho sem título nem final não influencia em sua situação pessoal no grupo principal da seleção.

"Era um grupo heterogêneo, cheio de garotos. O mais importante ali era a classificação", declara o armador.

Além de Nezinho, Rubén Magnano recrutou outros dois jogadores que estiveram no Sul-Americano, o ala Benite e o pivô Augusto Lima, aumentando o grupo para 15 atletas. Mesmo correndo por fora, o trio ganhou uma dose motivacional do treinador na véspera da estreia no Torneio Eletrobras em São Carlos.

"Quem está aqui já está ajudando. Se não tivessem chances de ir à Olimpíada, não estariam aqui", declarou o treinador argentino sobre a convocação dos três atletas.

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