Pivô da seleção minimiza bronca pública de técnico da NBA: "virou uma bola de neve"
Bruno Freitas
Do UOL, em São Paulo
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Steve Sisney/Reuters
Gregg Popovich dá uma bronca no pivô brasileiro Tiago Splitter em jogo dos playoffs da NBA
Uma cena marcou o brasileiro Tiago Splitter no desfecho da participação de seu time nos playoffs da NBA, quando o pivô da seleção levou uma espalhafatosa bronca do técnico Gregg Popovich, do San Antonio Spurs, diante das câmeras da TV norte-americana. Hoje integrado à seleção nacional na preparação para a Olimpíada, o jogador se disse surpreso com o tamanho da repercussão do incidente no Brasil.
A bronca de Popovich em Splitter aconteceu no terceiro quarto do jogo 6 entre Spurs e Oklahoma City Thunder, em que a equipe do brasileiro foi definitivamente eliminada na final da Conferência Oeste [último dia 6 de junho]. Popovich saiu do sério com um vacilo e tirou o pivô da partida com apenas 39 segundos de quadra do jogador [veja o vídeo abaixo da matéria].
"Aquilo com o Popovich foi tranquilo. Foi um momento mais quente do jogo, tive um erro e meio que não escutei ele falar comigo, não virei para ele. Foi uma bronca, mas todos os jogadores levam esporro dele. O Tony (Parker) levou no jogo anterior e outros do time também", afirmou Splitter na última quarta-feira, após o treino da seleção brasileira em São Paulo.
"Todo mundo me ligou no dia seguinte, a repercussão foi maior na mídia. Era uma final do Oeste, a minha cara no telão, a cara dele no telão, acabou virando uma bola de neve", acrescentou o jogador de 27 anos.
Apesar do incidente, Splitter diz que seu relacionamento com o técnico dos Spurs é dos melhores. O pivô relata que no dia seguinte à eliminação nos playoffs, Popovich fez uma reunião com os jogadores e afirmou em tom de brincadeira que “amava” o brasileiro.
"O Gregg conversa muito fora da quadra, é um cara bacana. Tem esse lado do esporro para tentar levantar o jogador em quadra, mas normal", comenta.
Splitter terminou sua segunda temporada na NBA aquém do patamar alcançado em seus anos de Europa, onde foi considerado o melhor pivô do continente. Mesmo assim, o brasileiro registrou evolução estatística significativa no último campeonato (de 4,6 pontos e 12,3 minutos de quadra em 2011 para 9,3 pontos e 19 minutos em 2012).