Favorita no atletismo, inglesa é chamada de gorda por cartola; técnico se revolta
Do UOL, em São Paulo
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AP Photo/Matt Dunham
Jessica Ennis no lançamento do uniforme britânico para os Jogos, em março, aparentemente em forma
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Jessica Ennis, uma das favoritas ao ouro olímpico no hetptatlo, ganhou as manchetes dos principais jornais ingleses nesta sexta-feira. A inglesa, uma das atletas mais importantes na promoção dos Jogos Olímpicos de Londres, teria sido chamada de “gorda” por um cartola importante do atletismo britânico, o que causou revolta em seu técnico.
“As coisas com as quais não podemos lidar são as que chamamos de balas de prata. Você não pode lidar com as expectativas e pressões de outras pessoas, como a gerência do BOA [Comitê Olímpico Britânico]”, disse Toni Minichiello, técnico de Ennis desde os 11 anos de idade, ao jornal The Guardian.
"“Eu recebo e-mails, ligações no telefone e mensagens de texto me dizendo o que eu tenho de fazer com Jessica para mudar algo. É muito barulho que pode distrair você”, completou Minichiello.
Foi o próprio técnico quem revelou a existências das críticas. Segundo ele, pessoas da cúpula disseram que a atleta estava “gorda e com excesso de peso”. Ennis, a despeito da avaliação dos cartolas, é uma das favoritas ao ouro em Londres, além de ser uma das garotas-propaganda mais importantes dos Jogos no Reino Unido.
Ela é a atual vice-campeã mundial outdoor do heptatlo, modalidade que reúne sete provas diferentes do atletismo em uma única competição. Focada na preparação para os Jogos, ela riu da polêmica. “Eu não vou entrar nisso neste momento. É definitivamente algo engraçado, mas de forma alguma um problema”, disse Ennis, campeã mundial da prova em 2009, ao The Sun.
A polêmica imediata sobre o caso foi tão grande que um outro caso veio à tona. Companheira de treinos de Jessica Ennis, Louise Hazel revelou ter sofrido o mesmo problema em um passado recente. “Eu também passei por isso, com pessoas da organização que deveriam nos ajudar. Acho que isso é vergonhoso”, disse a atleta, que também não revelou o nome de quem fez a crítica, ao Telegraph,