Magnano cobra patriotismo e diz que medirá empenho de Nenê e Leandrinho em treinos

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

  • Martin Mejia/AP

    Magnano disse que terá trinta dias para avaliar a dupla Leandrinho e Nenê

    Magnano disse que terá trinta dias para avaliar a dupla Leandrinho e Nenê

Nenê e Leandrinho foram convocados por Rubén Magnano, mas ainda não estão garantidos nos Jogos Olímpicos. Perguntado sobre o assunto, o técnico argentino deixou claro que espera patriotismo dos seus atletas, e que vai avaliar o comprometimento e o empenho da dupla quando a seleção se reunir, no dia 10 de junho.

MAGNANO PERDOA AUSÊNCIAS E CONVOCA LEANDRINHO E NENÊ

  • Rúben Magnano perdoou o histórico de ausências de Nenê e Leandrinho na seleção. Nesta quinta-feira, o técnico argentino convocou a seleção brasileira que vai se preparar para os Jogos Olímpicos e incluiu os dois jogadores da NBA, que se notabilizaram por recusas recentes aos chamados da equipe nacional.

“Hoje em dia mudou totalmente o discurso de patriotismo no mundo globalizado. Pessoalmente, eu tento incentivar, mas não posso dimensionar o sentimento de cada um. Tem cara que tem isso, outros nem tanto. A seleção argentina [campeã olímpica em 2004] tinha um comprometimento muito claro com seu país. Ganharam o que ganharam também por isso”, disse Magnano, lembrando o time do qual ele era técnico.

“Eles [Nenê e Leandrinho] já estão declarando suas intenções de defender as cores do Brasil. Só que não fica apenas no ato de falar, mas no ato de fazer. Vou ter trinta dias para avaliar isso. Se pegarmos o conceito de patriotismo, você pode ficar calmo quando vê o hino ou a bandeira do seu país, mas tem de tratar todo treino como se fosse o último. Ter condutas individuais a favor da equipe. Isso é um ato de patriotismo para mim”, completou.

O argentino disse ter convocado a dupla baseado em uma conversa que tiveram no ano passado, antes do Pré-Olímpico de Mar del Plata. Magnano não avisou Nenê e Leandrinho que os chamaria e aposta que eles aceitarão a lembrança desta vez, mas brinca sobre a espera.

“Eu só vou ter certeza quando entrarem no hotel. Quando eu olhar para a quadra, contar os jogadores e ver que todo mundo está lá”, disse o técnico, bem-humorado, antes de deixar claro que uma nova recusa seria fatal. “Se pedirem outra dispensa estarão fora”, adiantou.

Magnano ainda admitiu a dificuldade que tem quando tem um grupo sem tantos talentos, em que não pode se dar ao luxo de dispensar alguns dos mais talentosos. “Se você tem cinco por posição você pode mudar, é claro. Quando as possibilidades são menores, o nível do time sobe se você tem todo mundo”, disse o argentino.

A seleção se apresenta em São Paulo no próximo dia 10. A partir daí, faz uma série de treinamentos até o torneio amistoso em São Carlos, contra Grécia, Nova Zelândia e Nigéria, entre 26 e 28 de junho. No início de julho, vai à Argentina para um quadrangular com os donos da casa, o México e mais um time a ser definido. Dias depois, refaz a competição em Foz do Iguaçu.

Depois da competição do Paraná, Magnano deve divulgar a lista dos 12 que vão a Londres. Em 16 de julho, o Brasil enfrenta os Estados Unidos em Washington. A preparação fica completa em 21 de julho, quando a seleção faz um torneio triangular contra França e Austrália em Estrasburgo, na França.

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