Pobreza da Somália, alvo de atentado, reflete-se no esporte e país é traço no cenário olímpico

Do UOL, em São Paulo

  • Gray Mortimore/Getty Images

    Abdi Bile, maior expoente do esporte da Somália, acena para o público em prova na Itália em 1989

    Abdi Bile, maior expoente do esporte da Somália, acena para o público em prova na Itália em 1989

Localizada no extremo leste da África, a Somália, alvo de atentado terrorista que vitimou hoje personalidades do esporte, é um dos países mais miseráveis da Terra: sustenta-se com agricultura e pecuária subdesenvolvidas, e seu povo vive em situação de fome e em condições precárias de saúde (o que acarreta alta mortalidade infantil e elevados índices de subnutrição).

O cenário de pobreza reflete-se naturalmente no esporte. A Somália nunca conquistou uma medalha olímpica em sete participações. Seu Comitê Olímpico foi fundado em 1959 e só conseguiu enviar a primeira delegação a uma Olimpíada em Munique-1972.

Curiosamente, a Olimpíada alemã ficou marcada por um atentado que resultou em 18 mortos, entre atletas israelenses, terroristas palestinos e policiais.

As participações da Somália nos Jogos Olímpicos, sempre discretas, restringiram-se até hoje a um único esporte: o atletismo. E majoritariamente nas provas de pista.

A falta de dinheiro sempre foi um impedimento para que se sonhasse com um pódio, até porque o número máximo de esportistas que o país conseguiu enviar a uma Olimpíada foi cinco, na edição de 1984, em Los Angeles (EUA).

Os atletas não passaram das fases eliminatórias ou tiveram classificações pífias (no caso da maratona), com exceção de um: Abdi Bile ficou em sexto lugar na final dos 1.500 m nos Jogos de 1996, em Atlanta (EUA). Virou herói nacional.

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