Não se engane com Luiza Almeida, musa do hipismo e promessa do esporte brasileiro. Mesmo séria e dedicada ao esporte, a herdeira dos donos da cachaça Velho Barreiro aproveita os 20 anos de idade, adora micaretas, a cantora Ivete Sangalo e diz ter vontade de conhecer o Carnaval de Salvador. Só não peça para ela uma caipirinha com vodca.

“Eu tenho de representar [a família], né? Caipirinha é caipirinha, não é caipirosca”, diz Luiza aos risos, contando ainda que faz campanha com amigos para que eles deem preferência à bebida brasileira. Só que ela mesma diz só “arriscar” a preparação de um drinque, sem garantir a qualidade.

A ligação com os negócios da família, que ainda tem um banco e outras empresas entre suas posses, não deve ir muito além da preferência etílica. Paralelamente ao esporte, Luiza Almeida cursa Direito na Faap depois de uma breve temporada fazendo administração na PUC-SP.

“É difícil você viver exclusivamente do esporte, porque o adestramento ainda está crescendo no Brasil”, diz Luiza Almeida, que sabe, no entanto, que seu foco principal é uma medalha na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, que seria a terceira de sua carreira.

A amazona foi aos Jogos de Pequim com 16 anos e entrou no Livro dos Recordes como a atleta mais jovem a disputar uma Olimpíada no hipismo, superando Rodrigo Pessoa, antigo detentor do recorde.

Prematura, ela criou uma relação com seus cavalos tão forte que os animais têm ciúmes uns dos outros e até do namorado da moça.

“É difícil porque eu monto o Samba [nome de um dos cavalos de Luiza] desde criança. Então eu até evito que ele me veja com outro. Todo mundo fala e é verdade, o animal é muito sensível. Ele percebe tudo, até se você está nervosa para a competição”, diz a amazona.

Em uma entrevista recente ao “Programa do Jô”, da Rede Globo, Luiza revelou que seus irmãos e o namorado reclamam do humor dos cavalos. Quando ela não está perto, os animais aproveitam para morder os acompanhantes, por ciúmes da musa.

Nos Jogos de Londres, em julho, ela poderá dar atenção total aos cavalos, mas é realista quanto à sua participação. “Acho que não tem chance de medalha. Meu objetivo é chegar entre os melhores e evoluir em relação a 2008”, disse Luiza.