Chance de classificação das equipes é real, diz presidente da confederação de ginástica
Luís Curro
Do UOL, em São Paulo
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Kazuhiro Nogi/AFP
Jade Barbosa, uma das brasileiras no Pré-Olímpico de ginástica, que começa nesta terça em Londres
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A CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) está confiante na classificação das equipes masculina e feminina de ginástica artística para os Jogos Olímpicos de Londres.
Isso se deve, segundo a presidente da entidade, Luciene Resende, pelo fato de a preparação para o Pré-Olímpico na capital inglesa (a partir desta terça-feira e que também tem status de evento-teste para os Jogos), ter sido feita de forma adequada.
O time masculino se prepara desde o dia 13 de dezembro na França, e o feminino passou, afirma a dirigente, “quase um mês” concentrado no Rio de Janeiro antes de viajar para a Inglaterra.
No Pré-Olímpico, tanto no masculino quanto no feminino, oito países concorrem, e os quatro primeiros, em cada gênero, classificam-se para os Jogos.
Até agora, dois atletas do país têm vaga assegurada na Olimpíada, que começa no dia 27 de julho, para competições individuais: Diego Hypolito e Arthur Zanetti, especialistas, respectivamente, no solo e nas argolas.
Em entrevista ao UOL Esporte, Luciene Resende falou sobre a ausência de Diego, machucado, da equipe, do trabalho de renovação na seleção feminina e da expectativa depositada em Giovanna Venetiglio, atleta que tentará a vaga olímpica na ginástica de trampolim.
CONFIRA O CALENDÁRIO DO PRÉ-OLÍMPICO DE GINÁSTICA
Terça a sexta | Ginástica artística |
Sexta | Ginástica de trampolim |
Dias 16 a 18 | Ginástica rítmica |
UOL Esporte: A seleção masculina estará desfalcada de Diego Hypolito no Pré-Olímpico. O quanto isso reduz a chance de classificação? O fato de dois atletas estarem classificados para a Olimpíada (para apresentações individuais) já deixa a CBG satisfeita?
Luciene Resende: Sem dúvida, não teremos um grande ginasta no evento-teste. Com certeza o Diego fará falta. Mas temos outros bons ginastas, que darão o máximo para superar a ausência dele. A equipe está concentrada na França desde o dia 13 de dezembro, treinando diariamente, com foco total na competição. Estamos muito felizes com o fato de Diego e Arthur Zanetti já estarem classificados para a Olimpíada, mas vamos entrar na competição para buscar a vaga das duas seleções, feminina e masculina. A chance é real, sim. O trabalho está sendo feito conforme planejado e as duas equipes estão muito empenhadas.
UOL Esporte: Daniele Hypólito, já veterana, foi a campeã brasileira em 2011. É correto afirmar que há lentidão na renovação da equipe? O que esperar do time feminino no Pré-Olímpico?
OS BRASILEIROS NA COMPETIÇÃO
Ginástica artística (masculino) | Arthur Zanetti, Francisco Barreto, Petrix Barbosa, Sérgio Sasaki, Péricles Silva, Arthur Nory Mariano, Caio Campos |
Ginástica artística (feminino) | Adrian Gomes, Daiane dos Santos, Bruna Leal, Ethiene Franco, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Priscila Cobello |
Trampolim | Giovanna Venetiglio |
Luciene Resende: Sempre há aqueles atletas que são referências, como Daiane (dos Santos), Daniele (Hypolito) e Jade (Barbosa). Mas, como em qualquer modalidade, a ginástica também passa por processos de renovação. E esse trabalho já vem sendo feito. Em várias competições e fases de treinamentos de 2011, tivemos a participação de ginastas de categorias de base, como no estágio de treinamento em um centro de ponta da Bélgica em setembro, quando levamos ginastas da seleção juvenil. Quanto ao evento-teste, as expectativas são boas. A seleção feminina ficou quase um mês concentrada no Rio de Janeiro, em dezembro e, no fim do mês, seguiu para a Inglaterra para intensificar ainda mais os treinamentos, que estão sendo diários. A carga de treinos tem sido pesada e todas estão bem focadas. Por isso, a classificação não será uma surpresa e sim consequência do trabalho e um objetivo alcançado.
UOL Esporte: Na ginástica de trampolim, o Brasil terá uma atleta, Giovanna Venetiglio, no Pré-Olímpico. Qual a expectativa em relação a ela?
Luciene Resende: É uma ginasta que já vem mostrando resultados. Conquistou o bronze na Copa do Mundo do Japão, em julho, medalha inédita para o trampolim do Brasil. A classificação para o evento-teste também é inédita e ela vem treinando bem e diariamente para a competição. Esperamos que ela faça uma boa apresentação. Vale lembrar, também, que foi a primeira ginasta da modalidade no Brasil a conquistar medalha em Jogos Pan-Americanos, no Rio, em 2007. O trampolim, de forma geral, vem crescendo no país. A CBG tem feito um planejamento com o objetivo de beneficiar todas as modalidades e os resultados estão aparecendo.