Uma segunda série de exames de sangue retirado dos cavalos suspensos durante as provas de salto do torneio olímpico de hipismo confirmou nesta quarta o resultado positivo divulgado anteriormente. As contraprovas devem terminar com as chances da Noruega em reaver sua medalha de bronze após uma seqüência de audiências marcadas para a próxima semana em Lausanne, na Suíça.
"Provas e declarações por escrito foram requisitadas a cada cavaleiro, e um painel de três membros da Federação Eqüestre Internacional (FEI) foi apontado", afirmou o órgão. "Este painel irá então, sob a luz de todas as evidências reunidas, tomar a decisão sobre a sanção aplicável, se necessário."
A FEI também revelou um quinto resultado positivo durante os Jogos de Pequim-2008, envolvendo a amazona norte-americana Courtney King na categoria individual de adestramento.
Mythilus, montaria de King, resultou positivo no teste para a substância proibida felbinac, um anti-inflamatório e analgésico. A amazona foi notificada sobre o teste e sua suspensão dos Jogos Olímpicos em 22 de agosto, três dias após terminar a competição de adestramento no 13º lugar. A FEI afirmou que esperou a contraprova para publicar o resultado.
O medalhista de bronze da Noruega, Tony Andre Hansen, foi um dos quatro cavaleiros pegos por usar em seus cavalos a substância analgésica capsaicina, um derivado da pimenta que combate a dor. A Suíça, que terminou em quarto na prova de salto, pode ficar com a medalha de bronze caso a Noruega seja eliminada.
Ao cavalo de Hansen, Camiro, uniram-se em casos de doping o cavalo irlandês Lantinus, montado por Dennis Lynch, o brasileiro Chupa Chup, montado por Bernardo Alves, e também Coster, montado pelo alemão Christian Ahlmann.
Os veredictos definitivos sobre os casos de doping eqüino serão revelados cerca de um mês após as audiências entre 5 e 7 de setembro.