O solo e o salto são as duas provas mais fortes do Brasil na ginástica artística feminina. Mas na final da competição por equipes, foi justamente o desempenho nestes dois aparelhos que atrapalhou a seleção. Resultado: o Brasil terminou a sua participação com o oitavo lugar, o último da final.
PONTUAÇÃO NO SOLO |
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Ana Cláudia Silva | 14,800 | 13,375 |
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Jade Barbosa | 14,900 | 14,325 |
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Daiane dos Santos | 15,275 | 15,275 |
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GINASTA | ELIM. | FINAL |
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"Acho que poderia ter sido melhor do que foi hoje. Mas no final o resultado foi bom. A gente chegou aonde queria chegar, que era a final por equipes", disse Daiane dos Santos.
O solo foi o primeiro aparelho disputado pelas brasileiras na decisão dos Jogos Olímpicos de Pequim. Das três atletas que pisaram no tablado, apenas Daiane dos Santos conseguiu um bom rendimento. Ela repetiu a nota 15,275 que havia conseguido nas eliminatórias.
Já a novata Ana Cláudia Silva não foi bem. Depois de tirar 14,800 nas eliminatórias, ela fez uma apresentação fraca na final, com a nota 13,375. Jade Barbosa, que assim como Ana Cláudia vai disputar a decisão do individual geral, também caiu de rendimento: tirando 14,325.
No salto, outra especialidade das brasileiras, todas as notas da final ficaram abaixo das obtidas nas eliminatórias. A maior queda foi registrada por Laís Souza, que tirou 14,800 na fase de classificação e 14,600 na decisão.
PONTUAÇÃO NAS BARRAS |
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Laís Souza | 14,775 | 14,350 |
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Daniele Hypólito | 14,300 | 14,625 |
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Jade Barbosa | 14,800 | 14,725 |
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GINASTA | ELIM. | FINAL |
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As barras assimétricas também não apresentaram grande evolução. Daniele Hypólito obteve uma nota 14,625, contra os 14,300 cravados nas eliminatórias. Mas Jade Barbosa e Laís Souza voltaram a ter um rendimento pior.
Em compensação, Brasil teve um resultado surpreendente no aparelho que historicamente encontra mais dificuldade: a trave. Nas eliminatórias, Jade Barbosa e Daniele Hypólito caíram em suas apresentações. Na final, tanto elas quanto Ethiene Franco completaram as suas séries sem tropeços.
Daniele se despediu da seleção com um honroso 14,925. Jade Barbosa foi ainda melhor, conseguindo 15,300, a oitava melhor nota entre todas as 24 ginastas que disputaram a decisão. Apenas Ethiene Franco foi mal, com 13,675.
Para Daniele Hypólito, o desempenho do Brasil na final por equipes deve ser comemorado. "Acho que o Brasil passou muito bem nos aparelhos. Para a gente foi uma medalha de ouro. Todas as manchetes deveriam ser 'Brasil brilha na final por equipes'", exagerou a ginasta.