Bandeira Paraolímpica chega ao Rio de Janeiro com gafes em cerimônia
Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
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J.P.Engelbrecht e Eliane Carvalho/Divulgação
Bandeira paraolímpica chegou ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira
O Rio de Janeiro recebeu nesta segunda-feira a Bandeira Paraolímpica. O símbolo da transferência dos Jogos Paraolímpicos de uma cidade-sede para outra chegou à capital fluminense no final desta noite trazida pelo prefeito Eduardo Paes, direto de Londres.
Junto com Paes, vieram o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman; e o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons.
Todos participaram de uma rápida cerimônia no Aeroporto Internacional do Galeão, que marcou a chegada da bandeira e abriu um novo ciclo paraolímpico. Essa cerimônia repetiu algumas gafes cometidas pela comitiva brasileira já no tour da Bandeira Olímpica, no mês passado.
Assim como havia ocorrido com a Bandeira Olímpica, a Bandeira Paraolímpica também foi tocada sem o uso de luvas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) já havia recomendado que as bandeiras não fossem manuseadas. Entretanto, a falha no cerimonial se repetiu nesta noite.
Cabral, Nuzman e Parsons tocaram a bandeira sem luvas para exibi-la para fotógrafos. Só Paes tomou o cuidado de vestir luvas antes de segurar a Bandeira Paraolímpica. “As mãos dos outros são puras. Só as minhas não são”, brincou o prefeito para justificar a falha.
Mal começou a apresentação da bandeira, outra falha chamou a atenção dos presentes. O mestre de cerimônias do evento esqueceu do nome da única atleta paraolímpica que acompanhava a comitiva que trouxe a bandeira ao Rio. Natália Mayara, a primeira tenista paraolímpica brasileira a disputar uma edição dos Jogos, teve que relembrar o seu próprio nome antes de ser homenageada na cerimônia.
Mais tarde, Paes pediu aos presentes que saldassem Natália. O prefeito também prometeu melhorias no Rio de Janeiro até o início da Paraolimpíada, daqui a exatamente 1.457 dias. “Há problemas na cidade que nos envergonham, mas nos pressionam a trabalhar”, disse ele.
Parsons, do Comitê Paralímpico Brasileiro, demonstrou confiança na preparação do Rio de Janeiro para os Jogos de 2016. Disse também que espera que o Brasil supere o bom desempenho que teve em Londres, alcançando o sétimo lugar no quadro geral de medalhas.
Segundo Parsons, a meta do comitê é que o Brasil termine a Paraolimpíada de 2016 entre os cinco países mais bem colocados. Ele ressaltou que essa meta será revista nos próximos dias. Pode ser até que o órgão estime um desempenho ainda melhor para o Brasil.
Nesta terça-feira, a Bandeira Paraolímpica será levada a um centro de reabilitação de pessoas com deficiência na Zona Oeste do Rio. Na quarta, será hasteada no Palácio da Cidade, ao lado de onde já foi colocada a Bandeira Olímpica.