Alemanha fará cerimônia em homenagem aos 40 anos de assassinatos durante Jogos de Munique

Das agências internacionais, em Berlim (Alemanha)

  • EFE/JUSTIN LANE

    Sobrevivente de atentados contra Israel nos Jogos de 72, observa cartaz em homenagem às vítimas

    Sobrevivente de atentados contra Israel nos Jogos de 72, observa cartaz em homenagem às vítimas

A Alemanha lembrará nesta quarta-feira (5/9), em meio a uma controvérsia, o sequestro de membros da delegação israelense nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Na ocasião, 11 atletas foram assassinados por um comando terrorista palestino. 

Por volta das 11h (horário de Brasília), uma cerimônia em homenagem às vítimas será realizada no local onde o sequestro terminou, na antiga base militar de Fürstenfeldbruck, a 25 quilômetros de Munique. No evento, 500 representantes do mundo político e esportivo, além do prefeito da Cidade Olímpica dos Jogos de 72, e atletas medalhistas daquele ano, estarão presentes. 

O consulado de Israel em Munique anunciou uma ajuda a sete sobreviventes do drama e para cerca de dez parentes das vítimas. Nos edifícios públicos da Baviera, as bandeiras serão hasteadas a meio mastro e, pela primeira vez, serão expostas as fotos das 11 vítimas na antiga torre de controle do aeroporto.

Alemanha e Israel nunca esqueceram o "Massacre de Munique", que causou espanto em 5 de setembro de 1972. Naquele dia, oito membros da organização palestina "Setembro Negro" entraram no apartamento ocupado pela delegação israelense na Cidade Olímpica, onde mataram dois atletas israelenses e sequestraram outros nove. O objetivo era obter a libertação de 232 prisioneiros palestinos.

A operação de resgate, organizada pelos serviços de segurança da Alemanha na base militar, fracassou e terminou com a morte dos nove reféns, de um policial alemão e de cinco membros do comando, além da prisão de três palestinos.

Poucos dias antes do quadragésimo aniversário da tragédia, Israel liberou dezenas de documentos que criticavam severamente a operação alemã. Em um deles, um dos chefes dos serviços secretos israelenses diz que a Alemanha não fez "o mínimo esforço para salvar vidas" naquele episódio.  Alguns dos documentos também evidenciavam falhas no dispositivo de segurança israelense.

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