Mesmo com manifestação política nos Jogos, sul-coreano é liberado do serviço militar por ganhar bronze

Das agências internacionais

Em Seul (Coreia do Sul)

O meia-atacante sul-coreano Park Jong-Woo, que ficou conhecido nas Olimpíadas de Londres por exibir uma mensagem política e, consequentemente, ser excluído da cerimônia de entrega de medalhas no futebol, foi dispensado do serviço militar em seu país. Apesar de ainda ser investigado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o jogador foi recompensado pelo bom resultado nos Jogos.

A polêmica em Londres levantou dúvidas se Jong-Woo, de 23 anos, seria liberado do serviço militar, que na Coreia do Sul é obrigatório a todos os homens. O ministro dos esportes do país, Choe Kwang-Shik, tratou de esclarecer a situação. “Nossas leis militares dizem que aqueles esportistas que ficam em terceiro lugar ou em uma posição melhor nos Jogos Olímpicos estão isentos do serviço militar”, disse.

O jogador foi excluído da cerimônia de entrega de medalhas depois de exibir um cartaz com a mensagem “Dokdo é nosso território” enquanto comemorava a vitória por 2 a 0 sobre o Japão na disputa do bronze. A frase faz referência a um conjunto de ilhas disputado pelos dois países desde a década de 1950, chamado de Dokdo pelos sul-coreanos e de Takeshima pelos japoneses.

A mensagem foi vista como violação à carta olímpica, que em seu capítulo 5 proíbe qualquer tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial em sedes de competições ou qualquer outro tipo de instalações dos Jogos.

O COI solicitou que Jong-Woo não estivesse no pódio junto com o time sul-coreano e abriu uma investigação dos fatos. Jacques Rogge, presidente do COI, afirmou que regra deveria ser cumprida porque a ação de Park foi “uma declaração política” e que a Comissão de Disciplina da entidade se encarregaria de tomar as ações devidas contra o jogador.

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