Pela primeira vez, equipe brasileira fará aclimatação antes das Paraolimpíadas

Da Agência Brasil

  • LOCOG/ Getty Images

    O complexo Eton Manor, em Londres, receberá os jogos do tênis em cadeira de rodas

    O complexo Eton Manor, em Londres, receberá os jogos do tênis em cadeira de rodas

A delegação paralímpica brasileira, que viajaram nesta segunda-feira para a Inglaterra, fará, pela primeira vez, um trabalho de adaptação no país sede com toda a equipe antes dos Jogos Paraolímpicos.

Os 163 atletas que irão embarcaram nesta tarde se juntaram, na Europa, às equipes de hipismo e vela, e também a três fundistas e nove nadadores que já treinam no continente europeu.

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A maior parte da delegação vai se concentrar na cidade inglesa de Manchester, onde ficará até o dia 22. Lá, os atletas seguem com os treinamentos e fazem alguns amistosos antes das Paraolimpíadas, que ocorrem de 29 de agosto a 7 de setembro em Londres.

De acordo com o subchefe da missão, Jonas Freire, a aclimatação é importante, pois os atletas terão chance de se adaptar ao novo clima, à mudança de fuso horário e poderão evitar o jet lag – desconforto causado pela diferença de fuso horário. A estrutura em Manchester, segundo Freire, está montada há 15 dias e inclui, entre outros cuidados, a alimentação dos atletas.

“Como o nosso costume é diferente do inglês, a gente resolveu levar alguns cozinheiros nossos, um chefe de cozinha e uma nutricionista, para que [os atletas] possam fazer uma alimentação bem parecida com o que o brasileiro está acostumado”, conta.

Na última Paraolimpíada, em Pequim (2008), apenas as equipes de natação e atletismo fizeram a aclimatação. Já para os jogos em Londres, um convênio feito com o Ministério do Esporte, por meio do Sistema de Convênios do Governo Federal (Sincov), possibilitou a estadia.

Os investimentos do governo federal saltaram de R$ 77 milhões, na Paraolimpíada de Pequim, para R$ 165 milhões em Londres. Em 2011 e 2012, foram gastos R$ 19,5 milhões pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, na preparação de atletas, compra de materiais, contratação de profissionais, viagens e competições em outros países.

Ao longo dos anos, a colocação conquistada pelo Brasil nas Paraolimpíadas também evoluiu. Em Sydney (2000), ficou em 24º, em Atenas (2004), o país chegou ao 14º, e em Pequim (2008) subiu para o nono.

Uma das esperanças do Brasil para engrandecer o quadro de medalhas em 2012 é Terezinha Guilhermina, a atleta com deficiência visual mais rápida do planeta. “Quero fazer as melhores marcas da minha vida e fazer dessa competição de Londres a principal da minha carreira. Trabalhei muito para chegar aqui bem e espero conseguir mostrar isso nas pistas”, disse a velocista durante a despedida dos atletas nesta segunda-feira, em Guarulhos (SP).

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