Carlos Delfino afirmou que a seleção brasileira não assimilou bem a pressão de enfrentar a Argentina pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos, na última quarta-feira. Para o ala da NBA, a experiência da equipe campeã olímpica em Atenas-2004 foi o diferencial da partida, que terminou com a eliminação da seleção no basquete olímpico.

“Esta equipe já viveu estes momentos. Falamos disto antes do jogo. Quando chegam essas ocasiões estamos tranquilos, somos os mesmos de sempre”, afirmou Carlos Delfino ao jornal Olé. “Mas quando olhamos os brasileiros, não estão iguais. Em qualquer dia nos cruzávamos no restaurante da Vila e nos cumprimentávamos, nos abraçávamos. No dia do jogo, não”, disse.

Para o jogador, que anotou 17 pontos na vitória sobre o Brasil, essa atitude revela a tensão os jogadores da seleção antes de enfrentar os rivais sul-americanos. “Aí você percebe quem é que sente a pressão do jogo. Nós, por outro lado, sabemos a receita para estes momentos. Nós nos conhecemos bem, sabemos o que esperar um do outro”, afirmou Delfino.

O jogador argentino, entretanto, admitiu que nunca teve a certeza que iria vencer o Brasil, apenas nos momentos finais, quando a reação brasileira já não era possível. “Inclusive nos adiantamos um pouco em comemorar no minuto final. Respeitamos muito Brasil e Rubén Magnano com sua maneira de jogar”, disse.

A Argentina enfrenta a poderosa equipe dos Estados Unidos por uma vaga na decisão dos Jogos Olímpicos. Os dois times se enfrentam a partir das 17h, em Londres.