Carlos Arthur Nuzman assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Vôlei em 1975 e migrou para o Comitê Olímpico Brasileiro em 1995. Desde então, nenhuma entidade esportiva nacional mandou tantos atletas ao pódio olímpico quanto a que comanda o vôlei. Somando a quadra e a praia, ambas sob o mesmo chapéu, a CBV atingiu, em Londres-2012, 20 medalhas em Jogos Olímpicos.

A última conquista foi no vôlei masculino, que chegou à final após vencer a Itália nesta sexta. Na quinta, a conquista foi a medalha de prata de Alison e Emanuel no vôlei de praia masculino. Em Londres-2012, os brasileiros já levaram o bronze do vôlei de praia feminino com Juliana e Larissa, garantiram ao menos a prata no vôlei de quadra feminino e disputam, na sexta-feira, a semifinal masculina na quadra.

Essas, porém, são apenas as últimas conquistas de um hall de medalhas relativamente recente. O primeiro triunfo veio apenas em 1984, na Olimpíada de Los Angeles, marcada pelo boicote dos soviéticos. Nos EUA, o vôlei de quadra viu o surgimento da “Geração de Prata”, que perdeu a decisão masculina para os donos da casa mas deu início a uma febre que tornou o vôlei, hoje, o segundo esporte mais popular do país.

Como comparação, as confederações que mais medalhas deram ao Brasil em Jogos Olímpicos têm históricos mais antigos. A Confederação Brasileira de Judô, que tem as mesmas 19 medalhas, subiu ao pódio pela primeira vez com Chiaki Ishii, bronze na categoria meio-pesado, em Munique-1972, quatro anos antes da Era Nuzman começar no vôlei. O mesmo acontece com a vela: o bronze de Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad na classe Flying Dutchman foi conquistado em 1968, na Olimpíada da Cidade do México.