Com estreante Alison, Emanuel joga final para entrar em time de brasileiros bi olímpicos
Bruno Freitas
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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REUTERS/Marcelo del Pozo
Emanuel e Alison brigam pela medalha de ouro na arena montada no centro turístico de Londres
Ausente da final feminina na última quarta-feira, o Brasil entra em quadra nesta quinta na arena de Horse Guards Parade para ver o veterano Emanuel brigar para consumar a consagração máxima de sua carreira. Ao lado do estreante em Olimpíadas Alison, o jogador de 39 anos tenta entrar para o seleto grupo de brasileiros com dois ouros nos Jogos.
Com uma campanha invicta e de poucos sustos, Emanuel e Alison enfrentam os alemães Julius Brink e Jonas Reckermann às 17h (de Brasília). Uma vitória faz Emanuel se juntar a um time de peso, formado pelo tripllista Adhemar Ferreira da Silva, pelos jogadores de vôlei Maurício e Giovane, além dos velejadores Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt.
Em sua quinta Olimpíada, Emanuel tem duas medalhas no evento. Ao lado do ex-parceiro Ricardo, conquistou o ouro nos Jogos de Atenas em 2004. Quatro anos mais tarde, em Pequim, voltou ao pódio, mas com o bronze no pescoço. Antes, havia disputado edições ao lado de Zé Marco e Loiola (Atlanta-1996 e Sydney-2000).
Mesmo perto dos 40 [completa a idade em abril de 2013], Emanuel ainda não decidiu se diz adeus ao universo olímpico em Londres. O veterano admite que vai ainda considerar se encara mais um ciclo, para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
"Com um ouro olímpico, dá para jogar pelo menos até o final de 2013. Mas vou tomar essa decisão mais para frente [sobre o ciclo do Rio], só no ano que vem", afirmou.
Para encarar uma Olimpíada contra jogadores mais de dez anos mais jovem, Emanuel passou por um trabalho de readaptação física a partir de 2009. Para se manter no pico de sua forma, passou a fazer treinos mais curtos, porém mais intensos.
Mas se por um lado o Brasil contará com a experiência de sobra de Emanuel, Alison leva a juventude de seus 26 anos à sua primeira decisão olímpica. Nas horas que antecedem a final, o novato deve escutar valiosas dicas do parceiro.
"O que vou falar para ele é que uma final olímpica não é uma partida qualquer. Tem que entrar com muita concentração, brigando por cada bola", disse Emanuel.
Os brasileiros vêm de vitória tranquila na semifinal diante de Plavins e Smedins, da Letônia. Por sua vez, Brink e Reckermann eliminaram os também brasileiros Ricardo e Pedro Cunha nas oitavas e vêm de uma temporada toda dedicada aos Jogos de Londres, inclusive abrindo mão de parte do calendário do circuito mundial.