A possibilidade de que os Estados Unidos entreguem o jogo para a Turquia para eliminar o Brasil dos Jogos Olímpicos não passou despercebida pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei). A entidade disse ao UOL Esporte que não vai comentar hipóteses, mas diz já ter advertido dirigentes e técnicos sobre os possíveis resultados arranjados.

Só não é possível dizer, no entanto, que punições podem receber essas equipes. Em Londres, oito atletas do badminton foram excluídas por tentarem manipular o chaveamento da fase final com jogos arranjados. Questionado pela reportagem, o COI disse que “aplaudiu” a medida “rápida e decisiva”, mas que a atitude foi tomada pela Federação Internacional de Badminton.

O COI diz que as competições devem respeitar as regras de cada federação internacional, e que elas devem responder a casos do tipo. A FIVB diz, no entanto, que é difícil adiantar qual seria a punição cabível caso uma equipe seja identificada entregando o jogo, porque os Jogos Olímpicos obedecem a regras do COI, que teria de ser consultado.

Uma promessa mais convincente de punição seria importante para o Brasil, que depende dos Estados Unidos para classificar-se. A seleção verde-amarela está na quinta colocação, de um grupo de seis times em que avançam quatro, com quatro pontos. Estados Unidos, China e Coreia do Sul ocupam os três primeiros lugares e já estão garantidos.

A briga do Brasil é com a Turquia, que tem seis pontos. Se perder por 3 a 0 ou 3 a 1 para os Estados Unidos, a equipe europeia entrega a classificação nas mãos das atuais campeãs olímpicas, que precisariam vencer a Sérvia sem ir ao tie-break para somar três pontos e ultrapassar as rivais.

Caso perca por 3 a 2, a Turquia vai a sete e pode ser igualada pelo Brasil. Neste caso, a vaga seria definida nos critérios de desempate. Uma derrota norte-americana, no entanto, faria a seleção verde-amarela entrar em quadra às 18h (horário de Brasília) sem chance alguma de avançar.