Musas holandesas do hóquei listam conselhos para brasileiras evitarem "papelão" em 2016
José Ricardo Leite
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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AP Photo/Eranga Jayawardena
Jogadora holandesa de hóquei Kim Lammers foi uma das que deram conselhos para o Brasil
O fato de o Rio de Janeiro ser sede dos próximos Jogos Olímpicos permite que o Brasil tenha vagas assegurada em todos os esportes coletivos, mesmo que em alguns deles o país não tenha tradição nenhuma, com o hóquei sobre grama.
O jogo tem sido uma das principais atrações dos torcedores na Olimpíada de Londres, principalmente pelas belas mulheres que estão em quadra, com roupas que chamam a atenção.
A seleção brasileira feminina ainda engatinha neste esporte e hoje não tem condições de fazer jogos contra adversários fortes, como as “Leonas” Argentinas, campeãs mundiais, e a Holanda, atual vice-campeã do mundo.
A Holanda é uma potência no hóquei e foi escolhida pela Confederação Brasileira para um período de treinos do time feminino brasileiro, que fez jogos contra alguns clubes locais e um intercâmbio técnico em busca de aprendizagem.
As jogadoras holandesas disseram ter gostado do que viram e, de maneira não tão convincente, dizem que o Brasil pode evoluir para não fazer um “papelão” nos Jogos do Rio e levar goleadas históricas. Elas destacaram a presença de uma boa jogadora no elenco brasileiro, a goleira Inge Vermeulen, que joga na Holanda.
O JEITO É TREINAR
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Kim Lammers: "Treinar, treinar e treinar. Tem que treinar muito duro nesses próximos quatros anos."
“As garotas brasileiras foram treinar na Holanda. Não jogamos contra elas, ainda não são boas o suficiente para fazer um jogo contra nossa seleção. Elas jogaram contra alguns clubes de nosso país, pois o nível lá é alto. Mas tem uma boa jogadora brasileira que atua na Europa, Inge Vermeulen [goleira]. Não sei se vão estar bem para o Rio, mas tudo é possível, né?”, disse Kim Lammers.
“Elas ainda estão ainda aprendendo, mas vi elas trabalhando muito duro. Ainda estão um nível abaixo do que estamos. Mas os jogos que elas fizeram contra equipes holandesas foi produtivo para adquirirem experiência. Não sei se é o suficiente para jogar em alto nível uma Olimpíada”, falou Naomi Van As.
As holandesas ainda listaram alguns conselhos e dicas para que o time brasileiro tenha um desenvolvimento em quatro capaz de permitir uma melhora rápida “Treinar, treinar e treinar. Tem que treinar muito duro nesses próximos quatros anos. Tem que treinar muitas horas”, falou Kim.
“Treinem bastante, mantenham um bom preparo físico e fiquem juntas muito tempo. É importante para equipes em desenvolvimento treinar muito juntas para poder ter mais familiaridade”, disse Maartje Paumen.
“Treinar duro, mas também se divertir. Tem que jogar com alegria, sem se pressionar. Outra coisa que é válida é assistir vídeos de outras equipes”, aconselhou Naomi Van As.“É bom também jogar contra muitos países e clubes diferentes, fazer um intercâmbio”, acrescentou Caia Van Maasakker.
Sobre a beleza em quadra, as holandesas disseram que isso não é uma preocupação. “Eu ouço isso, pode ser um bom elogio, mas não faço poses para fotos e para o público. Só penso no jogo e em vencer. Não ligo de ficar bonita no jogo, isso fica para a torcida”, falou Van As.
As holandesas venceram até agora seus três jogos em Londres e lideram o Grupo A, ao lado do Reino Unido.