Primo de lenda do boxe cubano perde e acusa juízes de favorecer atletas britânicos

Bruno Freitas

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

01/08/201219h57

REUTERS/Murad Sezer

De vermelho, o cubano Erislandy Savon aguarda decisão de luta contra o britânico Anthony Joshua, na primeira rodada da categoria superpesado para pugilistas acima dos 91 kg
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O sobrenome Savón voltou à Olimpíada na noite desta quarta-feira para honrar as façanhas do tricampeão Félix. No entanto, o primo da lenda do boxe cubano foi derrotado pelo britânico Anthony Joshua e saiu reclamando de favorecimento dos juízes a atletas do país dos Jogos.

Erislandy Savón Cotilla caiu por 17 a 16 na primeira rodada da categoria superpesado, para pugilistas acima dos 91 kg.

"É uma guerra, e os britânicos serão sempre os favoritos. Temos que dar dois ou até cinco golpes a mais para vencê-los", desabafou Savón, campeão mundial juvenil em 2008.

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Apesar da eliminação logo na estreia dos Jogos de Londres, Erislandy falou com orgulho sobre a missão de carregar o sobrenome do tio campeão olímpico em três oportunidades (Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Sydney-2000).

"É algo muito grande. Em todo lugar do mundo em que vou para competir carrego esta honra", afirmou o pugilista de 22 anos.

Felix Savón é um dos maiores nomes da história do boxe amador, com seis títulos mundiais. Divide com o húngaro Laszlo Papp e o compatriota Teófilo Stevenson [morto neste ano] o recorde de ouros olímpicos, com três conquistas.

Por sua vez, o vencedor da noite Anthony Joshua tem sido comparado no Reino Unido ao ex-campeão dos pesados Lennox Lewis, de quem ganhou incentivo público recentemente.

Agora sem Erislandy Savón, o boxe de Cuba segue a luta para se redimir de sua última participação olímpica. A potência da modalidade terminou os Jogos de Pequim sem nenhum ouro [com 4 pratas e 4 bronzes] e teve encerrada uma série de conquistas seguidas que vinha desde Munique, em 1972.

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