Vôlei de praia brasileiro celebra invencibilidade em Londres, e Emanuel fala em deixar legado
Bruno Freitas
Do UOL, em Londres (ING)
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REUTERS/Lucy Nicholson
Emanuel salta para atacar contra o suíço Patrick Heuscher em duelo nesta terça-feira
Oito jogos, com oito vitórias e sobras técnicas em relação aos adversários. O vôlei de praia do Brasil mostra na arrancada do vôlei de praia na Olimpíada toda a projeção de força que já era aguardada, com quatro possibilidades reais de medalhas nas disputas masculina e feminina. Neste quadro, o veterano Emanuel diz que sua presença nos Jogos de Londres tem significado além da busca pelo ouro, mas funciona como inspiração para o futuro da modalidade.
BRASILEIROS EM LONDRES
EMANUEL E ALISON 2 x 1 Horts/Doppler (AUT) 2 x 0 Bellaguarda/ Heuscher (SUI) |
RICARDO E PEDRO CUNHA 2 x 0 Skarlund/Spinnangr (NOR) 2 x 0 Garcia-Thompson/Grotowski (GBR) |
JULIANA E LARISSA 2 x 0 Li Yuk/Rigobert (MAU) 2 x 0 Holtwick/Semmler (ALE) |
TALITA E MARIA ELISA 2 x 0 Van Gestel/Meppekink (HOL) 2 x 1 Goller/Ludwig (ALE) |
Em sua quinta Olimpíada, Emanuel diz acreditar que trabalhe para a formação do parceiro Alison, estreante no evento. O veterano de 39 anos opina que o mesmo acontece com seu ex-parceiro Ricardo (37), que disputa os Jogos ao lado do novato Pedro Cunha.
"A gente espera deixar um legado de experiência, cada um com o seu parceiro. No futuro vão estar só eles, vão dar continuidade ao trabalho", afirma o campeão olímpico de Atenas, em 2004.
Emanuel recorda o início ao lado de parceiros mais experientes e espera conseguir influenciar o resto de carreira do atual parceiro Alison, 13 mais novo.
"Comecei em uma época em que o esporte não era tão evoluído, não tinha a estrutura que tem hoje. Hoje eles começam em condições melhores. Comecei com o Aloísio, que era dez anos mais velho do que eu. Ele me mostrava a importância do treinamento e hoje tenho essa vontade de mostrar para o Alison", afirma.
As quatro duplas do país nos Jogos de Londres já encaminharam suas respectivas classificações para a fase eliminatória do torneio olímpico. Assim como no lado dos homens, Juliana/Larissa e Talita/Maria também contam com duas vitórias em dois encontros já realizados.
"A gente tem o circuito nacional, passamos o ano inteiro jogando, acabamos jogando mais do que equipes de outros países", comenta Emanuel, sobre a teórica vantagem técnica dos brasileiros sobre parcerias de outras origens.