Natação já fala em suspeitas de doping ao comentar fenômeno chinês Ye

Do UOL, em São Paulo

  • AP

    Ye Shiwen, nadadora de 16 anos da China, comemora o ouro nos 400 m medley

    Ye Shiwen, nadadora de 16 anos da China, comemora o ouro nos 400 m medley

“Ela se parece com uma supermulher. Na história do nosso esporte, sempre que alguém se parecia com uma supermulher foi pega nos testes de doping”.

Dois dias foram suficientes para que a performance da chinesa Shiwen Ye começasse a levantar suspeitas de doping. A frase acima é de John Leonard, diretor executivo da Associação Mundial de Técnicos de Natação, ao jornal britânico Guardian, e, segundo a publicação, traduz o que toda a natação mundial pensa, mas não tem coragem de dizer sobre o fenômeno das piscinas.

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A afirmação leva em conta o escândalo de doping dos países do Leste Europeu nos anos 80 e a performance de Michelle Smith (hoje Michelle de Bruin) nos Jogos de Atlanta em 1996. A nadadora foi flagrada no antidoping em 1998 e suspensa por quatro anos pelo uso de esteroides anabolizantes.

Outro ponto que serve como combustível para as críticas foi a evolução meteórica de Ye. Ela melhorou em sete segundos seu tempo do Mundial de Xangai, em 2011, para a Olimpíada de Londres. “É possível ver essa evolução, mas o esforço seria enorme. Mas os últimos 100m são impossíveis. Se todas as parciais dela tivessem sido tão rápidas, ninguém falaria nada, porque ela é uma boa nadadora. Mas nadar as três primeiras parciais com tempos normais e finalizar com uma parcial tão excepcional, isso simplesmente não é possível".

Os chineses foram rápidos em responder às questões. Em entrevista à agência oficial Xinhua, Ye disse que "não há doping algum, a equipe chinesa tem uma política antidoping muito firme”.

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