Americana supera cirurgia no coração e ganha ouro com recorde mundial nos 100 m borboleta

Do UOL, em São Paulo*

  • AP Photo/Mark J. Terrill

    Dana Vollmer se prepara para entrar na piscina nos Jogos Olímpicos de Londres

    Dana Vollmer se prepara para entrar na piscina nos Jogos Olímpicos de Londres

Dana Vollmer passou por uma cirurgia no coração em 2003, competiu nos Jogos Olímpicos em Atenas-2004 - foi ouro no revezamento 4x200 m livre - e conseguiu o primeiro ouro individual de sua carreira em Londres. Neste domingo, a nadadora dos EUA cravou 55s98 nos 100 m borboleta, registrando o novo recorde mundial da prova e se tornando a primeira mulher a nadar a distância abaixo de 56s.

SUL-AFRICANO BATE RECORDE
E FRUSTRA SONHO JAPONÊS DE FEITO NOS JOGOS OLÍMPICOS

Nunca na história da natação masculina nos Jogos Olímpicos um atleta venceu a mesma prova três vezes seguidas. Kosuke Kitajima, ouro em Atenas-2004 e Pequim-2008 nos 100 m peito, poderia alcançar o feito. Mas o sul-africano Cameron van der Burgh acabou com o sonho do japonês.

Com o tempo de 58s46, Van der Burgh se tornou o primeiro atleta da África do Sul a conquistar o ouro em uma prova individual de natação. Além disso, ele quebrou o recorde mundial, que pertencia ao australiano Rickard Brenton, com 58s58, no Mundial de Roma-2009.

Kitajima decepcionou. Foi apenas o quinto colocado e viu o australiano Christian Sprenger e o norte-americano Brendan Hansen completarem o pódio. Nunca na história da natação masculina nos Jogos Olímpicos um atleta venceu a mesma prova três vezes seguidas.

A norte-americana, de 24 anos, foi diagnosticada com taquicardia supraventricular, doença que fazia seus batimentos cardíacos passarem de 240 por minuto. Ela foi operada em 2003 e, já no ano seguinte, disputava as Olimpíadas. Em 2008, ficou fora dos Jogos de Pequim, mas voltou em Londres. Com vitória e recorde.

Vollmer já dava mostras que poderia quebrar recordes nas semifinais, quando marcou 56s25 e conseguiu o novo recorde olímpico. O tempo anterior pertencia à holandesa Inge de Bruijin, com 56s61 em Sydney-2000.

Na final, ela superou o desempenho e cravou a nova melhor marca do mundo. Sarah Sjostrom, com 56s06, no Mundial de Roma-2009, detinha a melhor marca do planeta até então. A sueca, de 18 anos, era uma das candidatas a medalha, mas foi apenas a quarta colocada. O pódio em Londres teve a chinesa Ying Lu em segundo, enquanto a australiana Alicia Coutts levou o bronze.

Semifinais
As finais dos 200 m livre prometem mais emoções nas piscinas em Londres. Sem Michael Phelps, vencedor e recordista olímpico em Pequim-2008, a prova tem o alemão Paul Biedermann, recordista mundial, e o norte-americano Ryan Lochte, ouro nos 400 m medley em Londres-2012, como favoritos. A disputa por medalhas acontece nesta segunda-feira.

Nos 100 m peito, a norte-americana Rebecca Soni, de 25 anos, campeã em Pequim-2008, mostrou que é uma das candidatas ao ouro ao virar a primeira semifinal em oitavo e terminar em primeiro. Sua principal concorrente é a lituana Ruta Meilutyte, que completou 15 anos em 19 de março e registrou o novo recorde europeu na segunda semi, com 1min05s21. A australiana Leisel Jones, recordista olímpica e claramente acima do peso, também avançou para a final.

*Atualizada às 16h26

UOL Cursos Online

Todos os cursos