Salão de beleza da Vila tem russas vaidosas e brasileira com medo que mexam no cabelo

José Ricardo Leite

Do UOL, em Londres (ING)

  • José Ricardo Leite/UOL

    Atleta russa no salão de beleza da Vila Olímpica

    Atleta russa no salão de beleza da Vila Olímpica

Competir de forma elegante, melhorar o visual para a paquera ou simplesmente manter a aparência desejada não serão problemas para os atletas que estão hospedados na Vila Olímpica.

Isso porque o local contém um salão de beleza para corte de cabelo, serviço de manicure, maquiagem e até faz fotos para registrar a nova produção.

O salão tem cerca de 200 metros quadrados. São aproximadamente dez cadeiras para corte de cabelo, e mais seis para fazer a unha. Todas com espelhos individuais. Há salas de espera com aconchegantes e confortáveis sofás para dez pessoas.

Por isso, todos têm que agendar previamente qualquer tipo de pedido. Muitos vão até a recepção e ouvem um "não" ao tentar agendar uma sessão.

Quem mais domina o salão, de acordo com as funcionárias, são as belas atletas das Rússia. Além de numerosas, são consideradas por elas as mais vaidosas e que mais fazem pedidos.

“As russas e as britânicas são as que mais vêm para cá. Mais as russas. São muitas, muitas. E pedem muita coisa, principalmente cortes de cabelo diferentes e maquiagem”, falou a cabelereira Doreta Staniszewsta.

“Elas são as mais vaidosas, mas talvez as mais bonitas. São muito belas, difícil dizer se as mais bonitas, mas impressionam”, endossou Neringa Stankiene.

As brasileiras, de acordo com os funcionários, também estão entre as mais belas, mas não entre as que mais requisitam os serviços do local. Ficam atrás de companheiras latinas e procuram mais só fazer as unhas.

NADA DE MEXER NO CABELO

  • A boxeadora Roseli Feitosa, por não falar inglês, teme que se cortar o cabelo ele fique azul e mais curto


“Tivemos algumas brasileiras aqui, mas não muitas. Apenas para fazer as unhas. Aparecem mais outras meninas da América Latina, como Cuba, Argentina”, falou a funcionária Neringa.

Um dos motivos pelos quais as atletas brasileiras optam apenas por fazer as unhas é a falta de identidade com a língua inglesa. “Eu só venho pra fazer a unha mesmo, pois tenho medo de pedir que façam algo no meu cabelo. Não sei falar inglês, vai que eles cometem algum erro e acabo saindo daqui com o cabelo azul e curto”, contou a boxeadora Roseli Feitosa.        

Um dos poucos homens a trabalhar no local recheado de atendentes femininas, o francês Numa Pigolot disse que as atletas do Leste Europeu se destacam, mas elogiou as brasileiras.

“As mais bonitas? É uma questão difícil. Vi muitas belas aqui. As brasileiras são muito bonitas. E digo isso porque acho mesmo, não porque você é um jornalista de lá. São belas também as ucranianas, russas, polonesas. Em geral, todas do Leste Europeu se destacam.”

 

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