Hoyama admite inspiração em M. Assunção e diz que joga Olimpíada para nação palmeirense

Bruno Freitas

Do UOL, em Londres (ING)

  • Bruno Freitas/UOL

    Hugo Hoyama após treino nas instalações olímpicas do tênis de mesa em Londres

    Hugo Hoyama após treino nas instalações olímpicas do tênis de mesa em Londres

O veterano Hugo Hoyama começa neste sábado o ritual de despedida de sua longeva história olímpica, chegando ao número de seis edições dos Jogos. Aos 43 anos, o mesa-tenista revela que tirou do Palmeiras, seu clube do coração, parte da inspiração para as últimas partidas internacionais de sua trajetória.

Além de ser atleta do Palmeiras, Hoyama é um torcedor devotado do time de futebol. Vai a estádios e, no fim de 2011, chegou a fazer uma visita ao Centro de Treinamento do clube em São Paulo, onde teve conversas com o técnico Luiz Felipe Scolari e com o ex-goleiro Marcos.

Mas o atleta mais velho da delegação brasileira em Londres diz que tira sua inspiração de outro veterano do esporte. A precisão decisiva de Marcos Assunção nas bolas paradas inspira Hoyama em sua sexta Olimpíada.

"É muito legal ver o pessoal ali empenhado, o Marcos Assunção batendo falta. Realmente é aquilo, o cara que quer ser diferente faz uma coisa a mais mesmo. O Marcos Assunção depois do treino fica batendo falta. Isso que faz um jogador ser um algo a mais, ser especial. São exemplos que eu tiro para a minha vida", afirmou Hoyama após o treino de quinta-feira em Londres.

A animação de Hoyama para os Jogos de Londres também foi extraída de sua relação com fãs através das mídias sociais na internet, em sua maioria, palmeirenses.

"O apoio que eu tenho das pessoas pelas redes sociais, a maioria é palmeirense. Primeiro representar bem a cidade, São Bernardo, e depois o Palmeiras, que sempre me deu muito apoio. E é o meu clube de coração. É uma motivação a mais para eu poder jogar melhor pelo Brasil e pela nação alviverde", declarou.

"Como brasileiro, amante do futebol, e depois de ter conquistado um título depois de muito tempo, sempre chegando perto, batendo na trave. Realmente a motivação é muito maior", emenda o atleta, em menção à recente conquista palmeirense na Copa do Brasil.

Além de Hugo Hoyama, o Palmeiras tem a chinesa naturalizada Gui Lin como representante na equipe de tênis de mesa do país na Olímpiada. O veterano de 43 anos estreia nos Jogos no sábado diante do polonês Zengyi Wang.

CHANCE PEQUENA DE ESTENDER CARREIRA ATÉ 2016

Hoyama estreou em Olimpíadas nos Jogos de 1992, em Barcelona, e deve encerrar sua história no evento agora em Londres. No entanto, ainda sustenta uma última reflexão sobre um possível esforço para ir até os Jogos do Rio de Janeiro, quando terá 47 anos.

"Depende de muitas coisas. Enquanto eu sentir condições de que posso representar bem o Brasil, eu vou continuar treinando e jogando para isso. É pouco provável que isso aconteça, eu posso chegar em 2016, mas não como jogador. Mas depois de Londres eu vou pensar direitinho. Ano que vem que eu vou decidir realmente o que eu vou fazer. O que eu decidir é mesmo para o bem do tênis de mesa", disse. 

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