Zé Roberto vê traumas por corte normal entre as mulheres e põe panos quentes após fechar elenco
José Ricardo Leite
Do UOL, em Londres (ING)
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Alexandre Arruda/CBV
Mari conversa com Zé Roberto ainda no Brasil; seleção fechou ontem último corte
A escolha por Natália, que se recupera de uma lesão, para a última vaga no grupo da seleção feminina de vôlei rendeu o quarto corte feito pelo técnico José Roberto Guimarães nos últimos meses, após o fim do Grand Prix.
Com esta confirmação no grupo, Camila Brait, que veio como “estepe” para treinar em Londres, ficou de fora. Antes, Mari, Fabíola, Juciely e já haviam sido cortadas.
Após o corte de Mari, ainda no Brasil, o elenco chegou a demonstrar abatimento pela saída da jogadora. “As meninas ficaram muito tristes [com a notícia], porque todas gostam muito dela. A gente se arrastou pouco na semana [que Mari foi cortada]”, disse a central Thaísa, uma das jogadoras mais experientes do elenco, antes do embarque, na última semana.
Zé Roberto aproveitou para minimizar o fato e disse que cortes são naturais em uma seleção. Reforçou que o grupo está forte psicologicamente.
“Vocês precisam entender que todo corte é traumático e isso faz parte do contexto principalmente de um time de mulheres. Não há como, é uma separação difícil. Mas depois disso, feito o corte e estabelecido as 12 jogadoras acabou. São essas as 12 jogadoras que vão representar o Brasil. Faz parte. Eu também gostaria de ter trazido mais gente pra cá e não pude em função do número de pessoas.”
“Sim, está tudo bem [emocionalmente]. Só estão ansiosas pela estreia”, finalizou.
Ontem, nas entrevistas em que confirmou a manutenção de Natália, Zé Roberto deu algumas respostas atravessadas e de forma ríspida para a imprensa ao ser indagado sobre determinados assuntos.
“Se ela estava entre ficar [no grupo] ou ficar fora, você está de brincadeira com essa pergunta. Não preciso responder”, disse ao ser questionado se Natália será titular do grupo.
Em outro momento, se incomodou com a pergunta se o Brasil tinha vencido o jogo treino contra a Sérvia. “Ganhou. Mas não importa pra mim se ganhou ou perdeu, importa o que eu vi.”