A receita da venda dos direitos de transmissão para os Jogos Olímpicos deverá chegar a US$ 4 bilhões entre 2014 e 2016, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), que também prevê aumento na receita de patrocínio. Jacques Rogge, presidente do COI, garante que as finanças da entidade sempre foram fortes e as reservas triplicaram desde 2001.

“Para o período de 2014-16 nós já temos US$ 3,6 bilhões e devemos alcançar US$ 4 bilhões. Os direitos de TV somaram US$ 2,2 bilhões entre 2002-04”, anunciou Rogge, que deverá deixar o COI em 2013, após 12 anos no cargo. As Olímpiadas de Inverno de 2014 acontecem em Sochi, na Rússia, e os Jogos de 2016 serão realizados pela primeira vez na América do Sul, no Rio de Janeiro.

O presidente do COI também adiantou que as negociações para 2018-20, ainda no início, já garantiram US$ 2,6 bilhões com direitos de transmissão. A sede dos Jogos de 2020 será escolhida no ano que vem.

O COI assinou seu maior contrato com uma TV em 2011, concordando em vender os direitos de transmissão dos Estados Unidos até 2020 para a rede NBC, por US$ 4,38 bilhões. “A solidez financeira se deve ao sucesso do marketing e dos direitos de transmissão”, declarou Rogge.

Apesar do bom momento financeiro, o presidente alerta para que seu sucessor não deixe o COI estagnar. “Mesmo que nossa situação financeira seja sólida, nós devemos continuar realistas. O COI deve garantir que a política de controlar custos e a complexidade dos Jogos continue e até se intensifique”, alertou.

Rogge também lembrou a “missão” de evitar que o número de atletas nos Jogos cresça muito além de 10 mil e que o limite de modalidades esportivas seja de 28. As medidas buscam manter as Olimpíadas atrativas para as cidades que buscam sediá-la.