Remadora Fabiana Beltrame leva filha para Londres por "beijinho da sorte" antes de competir
Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Fernando Azevedo/Fla Imagem
Fabiana Beltrame quer filha em Londres para tranquilizá-la antes da competição
O embarque de Fabiana Beltrame rumo a Londres foi um momento de diferentes sentimentos para ela. Ao partir para sua terceira Olimpíada, a atleta do remo exaltava a felicidade por participar de mais uma competição internacional, mas também não escondia a apreensão por ter de se separar de sua única filha Alice, de 2 anos e 10 meses, no saguão do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
BRASIL TEM CHANCES REAIS DE MEDALHA EM 10 ESPORTES; CONFIRA:
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Os Jogos Olímpicos de Londres começarão em dez dias, e os brasileiros já estão a caminho da cidade-sede. Os 259 atletas do país se dividirão em 27 modalidades, mas quais deles têm chances reais de conquistar medalhas? Baseando-se em resultados recentes, o UOL Esporte avaliou que a delegação do país têm chances reais de medalhas em pelo menos dez modalidades.
Fabiana não costuma desgrudar de Alice nem quando viaja para torneios. No ano passado, quando conquistou uma medalha de ouro inédita para o Brasil no Campeonato Mundial de Remo, por exemplo, levou sua filha no colo quando subiu ao topo do pódio.
Na última segunda-feira, porém, Fabiana teve de se despedir de Alice pela primeira vez. No Reino Unido, ela não poderá ficar com filha porque não haverá lugar para crianças no local em que a seleção de remo vai se hospedar.
Isso não significa, porém, que Alice não acompanhará sua mãe na Olimpíada de 2012. A garotinha já tem passagem marcada para Londres. Chegará lá a tempo de ver Fabiana competir na categoria skiff duplo, a partir do dia 29. A tempo também de tranquilizar Fabiana com um “beijinho da sorte” antes da campeã mundial de remo entrar no barco.
“Eu fico bem mais tranquila quando ela [Alice] está por perto”, disse Fabiana, pouco antes de embarcar para Londres. “Alguns atletas preferem se separar dos filhos para se concentrarem na competição, mas eu não. Gosto de ganhar pelo menos um beijinho para ter mais sorte.”
Para Fabiana, quanto mais perto da filha, menos preocupação com ela. Assim, fica mais fácil se concentrar e maior chance de vitória nas provas de remo.
Mesmo com a companhia da filha, no entanto, Fabiana não está muito confiante em medalhas nesta Olimpíada. Isso porque ela não vai competir na categoria que obteve seus melhores resultados, a skiff simples.
Essa categoria não é olímpica. Por isso, Fabiana formou uma dupla às pressas com Luana Bartholo para ir a Londres. Essa mudança deve prejudicar o desempenho das duas.
“Comecei a treinar com a Luana em fevereiro”, contou. “Vamos fazer o possível para conquistar uma medalha, mas acho que vai ser difícil.”
