O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou não ter preocupações com a segurança dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. A entidade se mostrou tranquila com o plano de ação apresentado pela capital britânica, mesmo com o erro no contrato de trabalho que impediu a contratação de mais de dez mil agentes que se juntariam à corporação policial local.

A empresa G4S havia sido contratada pelo governo britânico para fornecer mão-de-obra qualificada para auxiliar na segurança dos Jogos. No entanto, uma falha fez com que os 10.400 agentes não fossem mais contratados, por problemas no processo de procura de candidatos para as vagas.

O presidente do COI, Jacques Rogge, admitiu que a questão da segurança sempre irá atrair a atenção de todos, mas minimizou o problema com o contrato falho. “É claro que a segurança é primordial e importante para todos. Mas acho que tivemos uma grande demonstração de flexibilidade no caso”, elogiou o dirigente.

Rogge se referiu à iniciativa tomada pelo governo britânico, que anunciou na última semana que contratará 3.500 agentes em caráter emergencial para cobrir o desfalque provocado pela G4S a menos de duas semanas para o início dos Jogos. Para o presidente do COI, a medida trará maior tranquilidade para os envolvidos na competição.

“O reforço na equipe de soldados é algo que nos dá tranquilidade em termos de segurança”, afirmou, dando total suporte à ação dos agentes em campo. “Eles não estarão andando por aí com armas, eles estarão prontos para agir. Não estarão visíveis, nem intrometidos demais, e não atrapalharão a diversão”, explicou.

O medo de ações perigosas em Londres é iminente. No dia seguinte ao anúncio da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2012, ainda em julho de 2005, a capital britânica recebeu ataques suicidas de quatro homens-bomba que mataram 56 pessoas. Nas últimas semanas, a segurança no entorno do Parque Olímpico foi reforçada após homens ligados à entidades terroristas term sido vistos rondando a região. A ausência de reforço policial até então, no entanto, foi minimizada pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional.

"Recebemos garantias por parte do governo britânico de que a segurança estará reforçada. Estamos em processo de resolução do problema, e nos sentimos absolutamente seguros em termos de contratação de soldados. O problema está sendo bem resolvido, e o que fica é a flexibilidade da organização e do governo, que foram bastante adaptativos à questão", finalizou Rogge.