Brasileiras jogam mal, veem rivais errarem enterradas e são atropeladas pelos EUA

Do UOL, em São Paulo

  • Alex Brandon/AP

    Americana Seimone Augustus é pressionada pelas brasileiras Clarissa (à esquerda) e Érika

    Americana Seimone Augustus é pressionada pelas brasileiras Clarissa (à esquerda) e Érika

No principal desafio na preparação para a Olimpíada de Londres até agora, a seleção brasileira feminina de basquete deixou a desejar. Contra a fortíssima equipe dos Estados Unidos (atual campeã olímpica), o Brasil foi muito irregular, pecou muito com afobação e erros no ataque, e acabou atropelado por 99 a 67, em partida realizada em Washington, capital americana. 

O principal destaque da seleção brasileira na partida foi Karla, que saiu do banco e anotou 19 pontos, sendo a cestinha da equipe no amistoso. 

O primeiro quarto foi muito ruim para o Brasil. Desde o começo, as donas da casa pressionaram a marcação na quadra inteira, dificultando a saída de bola das brasileiras. Com bom aproveitamento no ataque, os Estados Unidos abriram rapidamente 7 a 0. Já o Brasil desperdiçou seis dos sete primeiros ataques e só fez a primeira cesta aos três minutos de partida. 

A força americana, especialmente com Diana Taurasi,  tirou Iziane, uma das principais atletas da seleção, do sério. Irritada com o bom desempenho das rivais, passou a reclamar com a arbitragem e foi penalizada. A menos de dois minutos para o fim do quarto, ela, que já tinha duas faltas, cometeu a terceira, reclamou e recebeu uma falta técnica,  indo para o banco. Karla, que a substituiu, entrou e deu novo ritmo ao time, anotando uma cesta de três e duas de dois, em rápidos contra-ataques, diminuindo a vantagem que era de 22 a 7 para 26 a 14.

Depois da breve reação, o Brasil voltou a falhar muito no segundo quarto. Com uma defesa frágil  e muitos erros no ataque (apenas 28% de aproveitamento nos arremessos), a seleção viu os Estados Unidos chegar a ter 22 pontos de vantagem durante a parcial, principalmente devido aos arremessos forçados das comandadas de Luiz Cláudio Tarallo. As americanas, então, abusaram dos contra-ataques e terminaram com 20 pontos à frente - 51 a 31.

A conversa no vestiário no intervalo não melhorou muito a situação do Brasil na partida. Em menos de dois minutos do terceiro quarto, os Estados Unidos chegaram a abrir 25 pontos de vantagem. Para piorar, a seleção tomou um susto com Joyce, que sofreu uma leve torção no tornozelo esquerdo. Enquanto isso, as donas da casa diminuíram um pouco o ritmo e as brasileiras baixaram a desvantagem para 20 pontos, com um melhor aproveitamento nas bolas de três pontos. No fim, os EUA ampliaram mais uma vez para 72 a 48.

O período final, assim como o primeiro, foi terrível para o Brasil no começo. Abusando das jogadas individuais, a seleção assistia as rivais fazerem um jogo coletivo, trocando passes rápidos e assistências, e abrirem 28 pontos de vantagem. Tarallo parou a partida e tentou ajustar a parte ofensiva do time.

A facilidade para os Estados Unidos era tanta que em um contra-ataque Fowles, de 1,90m, tentou a enterrada, algo não tão comum no basquete feminino. A bola, porém, bateu no aro e subiu. No finalzinho da partida, McCoughtry também tentou a cravada, sem sucesso mais uma vez. Apesar dos insucessos, o duelo terminou com um atropelo das americanas.

O Brasil, agora, segue para Lille, na França, onde jogará o último torneio preparatório para os Jogos Olímpicos. Entre os dias 20 e 22, haverá um quadrangular, com a participação também das donas da casa, da Austrália e da China. 

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