Contrária como atleta a "marido chato" nos jogos, Hortência vê família como apoio em Londres

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

  • Flávio Florido/UOL

    Hortência diz que até pediu para o ex-marido não ir a uma competição

    Hortência diz que até pediu para o ex-marido não ir a uma competição

Casada boa parte de sua carreira como atleta, a atual diretora de seleções femininas da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Hortência, disse que não gostava que seu ex-marido, José Victor Oliva, estivesse presente em competições internacionais.

Questionda se “maridos chatos” atrapalham,  dirigente afirma que este tipo de situação pode prejudicar a concentração de uma atleta durante uma partida e que até pediu para Oliva não fosse ao Mundial da Austrália, vencido pelo Brasil, em 1994.

“[Marido chato pode atrapalhar] muito, muito!. Marido, família;  podem atrapalhar sim. Eu, particularmente, quando era casada, não gostava que meu ex-marido fosse no jogo”, falou.


“Quando eu fui campeã do mundo, falei pra ele ´não vai não´. Por quê? Porque por mais que você  não queira, você fica preocupada. Será que ele está bem no hotel? Será que ele conseguiu ingresso pro jogo?  É uma preocupação a mais”, continuou.

Mas Hortência disse não estar preocupada com essa situação nos Jogos de Londres diz que a confederação não fará nenhum tipo de restrição da participação das famílias durante a competição, como após os treinamentos.

 

 

“Aí sou a favor, pois faz parte da convivência. Você fica lá, um mês treinando. Por exemplo, a Adrianinha [jogadora da seleção], chegou a filha dela. E ela está toda feliz.
A família estando junto, não no hotel, isso é legal, é bacana.

Xingamento de parentes

Hortência contou que já foi “bastante” xingada da arquibancada, em competições nacionais, por parentes de atletas rivais, algumas até que depois eram suas companheiras na seleção brasileira.

Mas diz que nunca guardou mágoa ou quis tomar algum outro tipo de atitude mais nervosa. Apenas compreendeu pelo calor do jogo.

“Não pode [se irritar] .Temos que saber que se nos desequilibramos emocionalmente às vezes na quadra, o parente também. Não é legal, mas é perdoável. Você não pode levar isso como pessoal. Não vejo isso ruim se não entrou dentro da quadra pra pegar. Lá fora pode fazer o que quiser. Eu só não deixaria meus parentes fazer isso, mas faz parte”, finalizou.

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