Brasil estreia em casa na Liga Mundial com 3 a 0 sem sustos contra a Finlândia
Gustavo Franceschini
Em São Bernardo do Campo (SP)
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Wander Roberto/VIPCOMM
Brasil de Lucão não teve dificuldades de vencer a Finlândia em São Bernardo do Campo
O Brasil precisava da vitória e, apesar do começo atrapalhado, ela veio sem sustos. Pela primeira vez diante de sua torcida na Liga Mundial, a seleção de Bernardinho, comandada em quadra por Ricardinho, bateu a Finlândia por 3 a 0 (25-21, 25-22 e 25-9), começando com o pé direito a etapa do torneio em São Bernardo do Campo.
A vitória sem perder nenhum set mantém o Brasil bem na briga pela liderança do Grupo B, que o time agora ocupa com 15 pontos. A Polônia tem 14, mas ainda joga com o Canadá nesta sexta-feira e tem tudo para vencer e seguir dificultando a vida verde-amarela até domingo, quando os times se enfrentam pela terceira vez (os europeus venceram as duas primeiras).
Nesta sexta, no entanto, o Brasil errou menos e deu mostras de que pode sair de São Bernardo com as esperadas e necessárias três vitórias. Ricardinho, pela primeira vez jogando no Brasil pela seleção após cinco anos de ausência, começou mal e errando muito, como toda a equipe.
Com o passe ruim, a seleção deixou a Finlândia ir para o primeiro tempo técnico já em vantagem. Quando o bloqueio cresceu, a seleção encostou, mas seguiu atrás até o 21-20. Os comandantes da virada foram o próprio Ricardinho e Wallace, que conseguiram furar a defesa rival.
"O Murilo não começou bem e o Wallace ficou sobrecarregado. Ele tem sido a referência e tem rendido bem. É um garoto jovem que está em uma briga interessante [com Theo e Leandro Vissotto, pela vaga de oposto]', disse o treinador.
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Ricardinho e Wallace chegaram a ser substituídos por Bruninho e Theo, mas terminaram em quadra e foram decisivos para garantir o 25-21 do Brasil. Wallace foi o maior pontuador do time no set, com sete bolas no chão.
No segundo set, a vida da seleção foi mais tranquila. O time de Bernardinho sempre esteve à frente no placar, manteve uma vantagem confortável e fechou por 25-22. O técnico aproveitou o domínio do jogo para testar João Paulo Bravo pela primeira vez na Superliga, substituindo Murilo, que não vinha bem. Bruninho e Theo, mais uma vez, entraram nos lugares de Ricardinho e Wallace, mas só no ponto decisivo.
A parcial decisiva foi ainda mais fácil. A Finlândia esteve longe da eficiência do primeiro set, pareceu entregue e não demorou a deixar o Brasil disparar. Ainda sob o comando de Ricardinho, que ao contrário de outros jogos saiu pouco de quadra, a seleção fechou por 25-9, com direito a uma sequência incrível de sete pontos no saque de Lucão.
"É difícil usar isso como parâmetro. Eles praticamente não jogaram", disse Serginho. "O que dá para tirar é o nosso aproveitamento de saque. Essa série que o Lucão acertou ele ainda não tinha feito na Liga Mundial. Mesmo em jogos mais apertados temos de fazer isso", disse Bernardinho.