Técnico de ponta de vôlei, brasileiro é acusado pela ex-mulher de reter filho nos EUA
Do UOL, em São Paulo
O brasileiro Marcio Sicoli, técnico das americanas Walsh e May, dupla bicampeã olímpica de vôlei de praia e favorita ao tri nos Jogos de Londres, está sendo acusado de subtração de menores. A SDH (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) atendeu um pedido da ex-mulher do treinador, Isabel Bierrenbach, quer reaver o filho, de três anos de idade.
Os dois foram casados de 2005 até o ano passado. Em 2007, eles se mudaram para Los Angeles, nos EUA, onde viveram até a separação, quando a mãe mudou-se para o Brasil com a criança.
Segundo a SDH, Isabel Bierrenbach declarou que Sicoli consentiu com a mudança da criança e teria participado de decisões como valores para a pensão e a escolha da escola em que o garoto estudaria. Em janeiro, foi acordado entre os dois que o filho passaria o mês com o pai, nos Estados Unidos.
Pouco antes da volta programada, Marcio Sicoli teria informado a ex-mulher de que o filho não voltaria ao país e que ingressaria com uma ação de guarda nos EUA. Contatado por Isabel, o SDH entendeu que o direito de guarda ainda era dela, com o consentimento anterior do treinador de vôlei.
A contraparte da SDH nos EUA concordou com a argumentação dos brasileiros e encaminhou o processo para a Justiça norte-americana, que agora terá de tomar as providências cabíveis para que a criança volte ao Brasil. A decisão do órgão brasileiro não interfere no processo de discussão do direito à guarda da criança, que deve seguir normalmente.
Enquanto o mérito da questão não é discutido, no entanto, a criança terá de ficar sob a proteção de Isabel Bierrenbach, respeitando a Convenção de Haia, da qual Brasil e EUA são signatários. A reportagem tentou entrar em contato com Sicoli, sem sucesso.
Segundo o diário Lance!, Sicoli não tem acompanhado Walsh e May no circuito mundial. Além de treinar as campeãs olímpicas, ele também trabalha na Universidade de Pepperdine, situada em Malibu, na Califórnia.