O programa “50 por 1”, de Álvaro Garnero na Record, entra na sua quinta temporada e tem como tema  as sedes olímpicas. A atração que será exibida em 21 episódios apresentará todas as cidades onde os Jogos foram realizados, os legados deixados pelos e as experiências vivenciadas pelo apresentador.

Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Garnero revelou as aventuras vividas nas gravações dos sete primeiros capítulos da nova edição do programa e que o diretor da atração não alivia. “O José [Amâncio, diretor do “50 por 1”], tem esse negócio de querer que eu experimente de tudo para poder passar ao telespectador a sensação da experiência, o sentido do programa, e nessas acabo me dando mal”, conta aos risos, após revelar que teve de provar doce de percevejos em um restaurante em Londres.

Os “apuros” de Álvaro na capital britânica começaram quando esteve com sua equipe em um restaurante de um sul-africano, acompanhado do famoso chef Daniel Creedon, do Archipelago Restaurant, e lá provou carne de crocodilo e de sobremesa doce de percevejos, algo similar ao caviar, servido em uma latinha e acompanhado por uma espuma de leite de coco, imitando o cream souer. Quando questionado sobre o sabor da iguaria, ele é taxativo. “Já provei sangue de cobra afrodisíaco, insetos, mas nada é tão horrível quanto aqueles pênis de animais que provei na China na temporada passada. Esse doce é até bom”, desabafa.

O roteiro do programa ainda contemplou a Alemanha, visitando Berlim e Munique, onde Álvaro praticou natação e surfe e, novamente, se deu mal. Na primeira, competiu com um jovem atleta alemão e tentou quebrar o recorde mundial, em vão. Já no surfe, praticado pelos moradores locais nas águas geladas do rio Eisbach, localizado no English Garden, simplesmente foi um desastre.

“Eu não queria, mas mais uma vez meu diretor quis me colocar numa fria (risos). A água estava muito fria, a onda era ao contrário e eu nunca havia surfado antes. Resultado: cai e machuquei as costas, quis matar um”, relembra. E como se não pudesse ficar pior, o apresentador que teve que se consultar com um médico assim que chegou ao Brasil, revela que passou por uma massagista para tentar aliviar a dor, mas acabou ainda pior. “A mulher enfiou a mão nas minhas costas e parecia que iria arrancar um pedaço, quase desmaiei de dor”.

“As nossas gravações começaram pela Europa. Atenas, em primeiro, já que a história toda começa lá. Passando por Roma, Londres, Paris e Barcelona. É incrível de ver como os Jogos Olímpicos transformaram essas cidades”, avalia Garnero que vê a cidade espanhola como uma das mais beneficiadas após o evento esportivo. “Barcelona foi extremamente favorecida com os Jogos Olímpicos de 1992, o progresso se implantou na cidade e hoje tudo é mais acessível, mais cuidado, mais bonito”.

Em Atenas, o apresentador esteve com o ciclista Christos Volikakis, onde disputou uma prova de Keirin e após duas voltas mal conseguia parar em pé. “Você vê o velódromo, o atleta a postos e se empolga, eu na segunda volta simplesmente desci da bicicleta e estendi minhas pernas para o ar. É incrível, mas dificílimo.”

Sobre o projeto da atração com foco nos Jogos de Londres, que surgiu após o final da terceira temporada do “50 por 1”, Garnero se diz satisfeito com o apoio da Record. “A emissora acreditou na nossa ideia. Hoje somos o único programa além do jornalismo com foco no evento principal do ano na casa e só temos que comemorar”, avalia. A atração que tem alcançado boa aceitação no público e números razoáveis para o horário no Ipobe, --entre cinco e seis pontos de média e participação de até 21%--, também é motivo de comemoração para  Álvaro. “Estou muito feliz. O programa tem bons patrocinadores, bom público e com o passar da temporada conseguimos chegar o mais próximo do espontâneo e com qualidade, o que é sensacional”, finaliza.

O “50 por 1” vai ao ar nas madrugadas de sábado para domingo, à meia-noite, na Record.