Handebol masculino tenta superar complexo de inferioridade para disputar mais uma Olimpíada
José Ricardo Leite
Do UOL, em São Paulo
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Ben Stansall/AFP
Vista interna da arena olímpica de handebol, que abrigará partidas do esporte nos Jogos Olímpicos de 2012
A seleção brasileira masculina de handebol inicia nesta sexta-feira, às 12h, na Suécia, contra os donos da casa, uma missão quase “impossível”: tentar a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres.
O time nacional esteve presente nos dois últimos Jogos, em Pequim e Atenas, depois de conseguir a vaga pelo caminho mais fácil, ao vencer os Jogos Pan-Americanos, nas duas vezes superando a Argentina, sua maior rival no continente.
No entanto, no último Pan, em Guadalajara, o Brasil perdeu para o país vizinho e agora terá que passar pelo Pré-Olímpico Mundial. Seu grupo tem, além da Suécia, duas outras potências europeias: Hungria e Macedônia. Só as duas melhores equipes do Pré-Olímpico se classificam para Londres.
E, apesar da evolução do esporte nos últimos anos, o time nacional não tem vencido times europeuse. O ex-técnico da seleção feminina Juan Oliver, espanhol, chegou a dizer que, no time feminino, havia um “complexo” que rondava a cabeça das atletas em jogos contra times do velho continente, e o time se amedrontava.
Agora, se quiser estar presente em Londres, o time masculino tem que vencer pelo menos dois dos três adversários, todos europeus.
MODALIDADE OLÍMPICA: HANDEBOL
“Bom, na minha opinião pesa, sim [a questão psicológica contra europeus], porque ainda estamos um pouco atrás, mas sempre tentamos nos superar para fazer o nosso melhor e passar a ter mais segurança para conseguir uma vitória sem surpresas”, falou o goleiro Mike. “Eu acredito que poderemos surpreender algum adversário, mas para isso teremos que aproveitar ao máximo as oportunidades que criarmos de gol”, continuou.
Para piorar a situação, o time não contará com seu principal jogador, o armador Bruno Souza, que teve uma entorse no joelho durante a preparação do time.
“Bruno é um grande jogador e vai fazer falta, sabemos disso. Mas o grupo se uniu para tentar superar essa falta que ele faz. O mundo do esporte vive rodeado de lesões. É comum tê-las e os atletas estão acostumados com esse mundo. Lógico que todos ficaram chateados, por ser um atleta amigo”, falou o treinador do time, o espanhol Javier Garcia Cuesta.
O comandante tenta manter o otimismo do time, apesar de ressaltar as dificuldades em conseguir a vaga.
“Temos visto os jogos do Campeonato Europeu de handebol. Editamos os arremessos para os goleiros e a parte tática será mostrada aos jogadores quando chegarmos à Suécia, mas os treinamentos já foram direcionados para o que os jogadores de Suécia, Macedônia e Hungria fazem”, falou.
“Sabemos que temos poucas chances, mas vamos lutar ao máximo para isso acontecer”, concluiu.
O time feminino do Brasil já tem vaga assegurada em Londres, depois de vencer os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
Veja os jogos do Brasil no Pré-Olímpico
Brasil x Suécia - hoje -12h
Brasil x Hungria - amanhã - 8h45
Brasil Macedônia - domingo - 9h45