Polo aquático do Brasil joga Pré-Olímpico como zebra e planeja copiar ginástica para 2016

Pedro Taveira

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/CBDA

    A seleção brasileira de polo aquático joga no Canadá para tentar vaga nos Jogos Olímpicos de Londres

    A seleção brasileira de polo aquático joga no Canadá para tentar vaga nos Jogos Olímpicos de Londres

A seleção masculina de polo aquático começa a partir deste domingo, em Edmonton, a busca por um lugar na Olimpíada de Londres. Serão quatro vagas para 12 times participantes, mas o cenário não é nada otimista para os brasileiros.

“É muito difícil para o Brasil com os times europeus fortes competindo. A ideia é ir para pegar a vaga, mas temos de ser realistas. As chances são bem difíceis”, afirmou Ricardo Cabral, diretor esportivo de polo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

CONFIRA OS JOGOS DA SELEÇÃO NO TORNEIO PRÉ-OLÍMPICO*

1º/4 - 19h30 Espanha x Brasil
2/4 - 22h40 Canadá x Brasil
3/4 - 20h Brasil x Argentina
4/4 - 16h Venezuela x Brasil
5/4 - 20h Brasil x Turquia
  • * Horários de Brasília

Na primeira fase, a equipe comandada pelo croata Goran Sablic terá pela frente Espanha, Venezuela, Argentina e Turquia, além do Canadá, anfitrião da competição. Os quatro primeiros colocados do grupo avançam às quartas de final.

Os semifinalistas do torneio estarão garantidos em Londres. O problema é justamente derrotar times como Holanda, Alemanha ou Montenegro, possíveis adversários no mata-mata das quartas de final. Terceiro colocado no Pan-2011, o Brasil não vai para a Olimpíada desde 1984, em Los Angeles.

Se a vaga não vier, Cabral disse que é importante traçar desde já um planejamento adequado para o início do novo ciclo olímpico. Para 2016, quando os Jogos serão realizados no Rio de Janeiro, está nos planos a formação de uma seleção permanente.

TIME FEMININO BUSCARÁ VAGA INÉDITA

O Pré-Olímpico feminino de polo aquático será realizado entre os dias 17 e 25 de abril, na cidade de Trieste, na Itália. Na primeira fase, o Brasil jogará contra Grécia, Canadá, Cazaquistão e Holanda. Em Londres, será a quarta vez que a modalidade estará nos Jogos, e o time brasileiro, terceiro colocado no Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, tentará conseguir uma classificação inédita.

A ideia é semelhante ao que já foi feito com sucesso na ginástica artística. Por não ser uma modalidade profissionalizada, o polo aquático sofre para desenvolver atletas de ponta.

“A gente tem um técnico exclusivo [o croata Goran Sablic], mas não tem jogadores. Aqui o cara não pode se dedicar somente ao esporte porque tem de fazer seu ‘pé de meia’. Até o treinador nos cobra, ele quer atletas o tempo todo. Falamos que no país dele é assim, mas aqui não dá”, falou Cabral.

Recursos para levar o plano adiante a CBDA diz que tem. O maior problema, segundo o dirigente, será encontrar jogadores que aceitem entrar de cabeça no projeto.

“O projeto é pegar um grupo de 18 a 20 atletas e manter dois meses por ano jogando na Europa. O desafio é ter um grupo comprometido com o esporte. Se não treinar de forma integral, não tem jeito”, contou Cabral. 

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