"Imbatível", atleta luta pelo tri olímpico e para que povo japonês volte a sorrir após tragédia

Do UOL, em São Paulo*

  • Toru Hanai/Reuters

    Saori Yoshida buscará, nos Jogos de Londres, sua terceira medalha de ouro olímpica na luta livre

    Saori Yoshida buscará, nos Jogos de Londres, sua terceira medalha de ouro olímpica na luta livre

A possibilidade do tricampeonato já seria o suficiente para motivar qualquer atleta que se prepara para uma Olimpíada.

Para a lutadora japonesa Saori Yoshida, porém, há algo mais. Em busca da terceira medalha de ouro consecutiva, a atleta vai para Londres com a ideia de devolver o sorriso ao rosto da população de seu país.


O Japão perdeu muita energia e seu sorriso após o desastre. Como lutadores, temos que dar tudo para ajudar a recuperar

Saori Yoshida, lutadora japonesa

“O Japão perdeu muita energia e seu sorriso após o desastre”, afirmou Yoshida. “Como lutadores, nós temos que dar tudo para ajudar a recuperar essa energia e fazer as pessoas sorrirem novamente.”

Em março do ano passado, o Japão foi atingido pelo pior terremoto de sua história. O tremor, de 8,9 graus na escala Richter, gerou também um tsunami e um acidente nuclear. Mais de 10 mil pessoas morreram.

“Nós não conversamos muito sobre o desastre entre nós [japoneses]”, disse a lutadora de 29 anos, que tenta se inspirar nisso para competir por seu país. “Ver as notícias na TV faz crescer o sentimento de responsabilidade.”

Para tornar sua meta realidade, Yoshida conta com impressionantes números na carreira. A japonesa só perdeu um combate desde 2001, contra a norte-americana Marcie Van Dusen na Copa do Mundo por equipes, na China, em 2008, quando somava 119 lutas invicta.

Bicampeã olímpica (em Atenas-2004 e Pequim-2008) na categoria para mulheres até 55 kg, a esportista, que tem 1,56 m de altura, vem de nove conquistas de nível mundial consecutivas.

“Se eu lutar do jeito que posso, não vou perder”, falou uma confiante Yoshida. “O medo está lá, e tudo pode acontecer em uma Olimpíada. Mas quero usar a experiência que adquiri em Atenas e Pequim e construir uma ‘eu’ que não possa ser derrotada.”

*Com agências internacionais

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