Por medo de doping, maratonistas chineses criam suas próprias galinhas
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Peter Parks/AFP
Galinha em rua de Xangai; maratonistas chineses têm evitado consumir frango para evitar doping
A equipe chinesa de maratona decidiu criar suas próprias galinhas para comer e, assim, evitar a ingestão de produtos químicos. Os componentes que poderiam ser registrados como doping são comumente encontrada nas criações do país, segundo o jornal Shanghai Daily noticiou nesta sexta.
Os atletas, que estão treinando para a Olimpíada de Londres, no sudoeste do país, província de Yunnan, também estão comprando carne de iaque de pastores das montanhas locais para evitar comer em restaurantes, onde alguns aditivos são encontrados na comida.
O clembuterol, um composto proibido, é, às vezes, utilizado por fazendeiros inescrupulosos para produzir carne magra, vendida a preço mais alto. O aditivo químico é também considerado uma droga capaz de aumentar a performance dos atletas e por isso banida pela Agência Mundial Antidoping.
“Como não temos uma cantina para fornecer comida, temos de cozinhar nosso próprio alimento porque é um risco comer em restaurante de rua”, reportou um integrante do time ao jornal chinês.
Um grande número de escândalos envolvendo a alimentação dos chineses ganhou destaque no ano passado, de melancias injetadas com hormônios de crescimento a bolos com bactérias e ovos falsos.
Em 2008, pelo menos seis crianças morreram e perto de 300 mil ficaram doentes após beber leite em pó contaminado com melamina, um componente industrial adicionado para apresentar resultados enganosamente elevados em testes de proteína.