COB ameaça recorrer ao tribunal do esporte por vaga do taekwondo na Olimpíada

Do UOL, em São Paulo

  • AP Photo/Martin Mejia

    O brasileiro Márcio Wenceslau (dir.) diz que perdeu a vaga olímpica devido a erros de arbitragem

    O brasileiro Márcio Wenceslau (dir.) diz que perdeu a vaga olímpica devido a erros de arbitragem

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, disse nesta sexta-feira que pretende recorrer à Corte de Arbitragem do Esporte (CAS) caso a Federação Mundial de Taekwondo mantenha Marcio Wenceslau fora dos Jogos de Londres 2012.

Em carta, o COB deu um ultimato à federação, que negou recurso interposto pela entidade brasileira na União Panamericana de Taekwondo.

Na avaliação do COB, o atleta brasileiro foi prejudicado pela arbitragem na luta contra o mexicano Damian Villa, válida pelo Torneio Qualificatório das Américas, realizado em novembro.

Segundo o COB, a três segundos do final da luta, quando Marcio vencia por 6 a 4, o árbitro acusou um golpe na cabeça do brasileiro, que assim perdeu por 6 a 7 para Villa. A entidade brasileira, porém, afirma que o chute do mexicano atingiu o braço de Marcio.

"As imagens gravadas pela própria Federação Mundial são muito claras. O chute não atinge a cabeça do Marcio, o que, consequentemente, manteria a vitória do brasileiro na luta em que se decidia uma vaga olímpica”, afirmou o presidente do COB.

Nuzman disse que, na defesa de Marcio, pretende apontar outros erros da arbitragem e que deu prazo até 24 de fevereiro para a Federação Mundial rever o resultado da luta. “Se isso não ocorrer, entraremos imediatamente no Tribunal Arbitral do Esporte para lutar pelo atleta.”

Em reunião na sede do COB nesta sexta, Marcio relatou ao departamento jurídico os erros que, em sua avaliação, foram cometidos pela arbitragem. Além de não ter recebido os pontos de um golpe na cabeça do mexicano, o atleta brasileiro disse que foi punido injustamente por ter encurtado a distância, o que, segundo ele, é permitido pela regra.

“Foram vários erros grosseiros da arbitragem”, disse Marcio. O brasileiro reclamou também que o mexicano tentou acertá-lo por trás do árbitro quando a luta estava parada. “Era para eu ter vencido por sete pontos de vantagem, pelo menos", afirmou.

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