Presidente do COI se esquiva de polêmica sobre meia-entrada na Olimpíada do Rio

Lello Lopes

Em Guadalajara (México)

  • Ulises Ruiz Basurto/EFE

    Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge chega para a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México

    Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge chega para a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México

A discussão ainda é incipiente, mas promete pegar fogo: a meia-entrada para os eventos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Assim como na Copa do Mundo de 2014, o governo brasileiro deve travar uma batalha contra os organizadores para assegurar o direito a ingressos mais baratos para idosos e estudantes.

Questionado pela reportagem do UOL Esporte, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o belga Jacques Rogge, tentou se esquivar do assunto. “A relação entre o COI e o governo brasileiro é excelente”, disse, após uma curta e confusa entrevista coletiva no principal centro de imprensa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

A meia-entrada para idosos e estudantes é o cerne da maior disputa entre o governo brasileiro e a Fifa na organização da Copa do Mundo de 2014. O projeto da Lei Geral da Copa, ainda em tramitação no Congresso Nacional, dá à Fifa o direito de determinar os valores dos ingressos para os jogos do Mundial.

No projeto, entretanto, não existe nenhuma menção a respeito do Estatuto do Idoso, que é uma lei federal que permite ingressos mais baratos a pessoas acima de 60 anos. Já a lei que garante a meia-entrada a estudantes é estadual.  O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou recentemente que o país tem que se adequar às exigências da Fifa. O governo do Rio ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

E não foi apenas em relação à Olimpíada no Rio que Rogge se esquivou dos jornalistas. Questionado sobre as cidades candidatas à sede dos Jogos de 2020, o presidente do COI também não quis fazer nenhum comentário mais incisivo.

“É difícil dar uma opinião sobre as candidatas sem ver os informes das candidaturas. Posso dizer que essas candidaturas vêm de países com muita tradição no esporte mundial”, disse Rogge. Baku (Azerbaijão), Doha (Qatar), Istambul (Turquia), Madri (Espanha), Roma (Itália) e Tóquio (Japão) são as candidatas à sede dos Jogos de 2020.

UOL Cursos Online

Todos os cursos