Venda para o West Ham é anulada e futuro do Estádio Olímpico de Londres é incerto

Das agências internacionais

Em Londres (Inglaterra)

O futuro do estádio Olímpico de Londres, um dos principais palcos das próximas Olimpíadas, é incerto. Isso porque nesta terça-feira (11) o governo britânico anulou a concessão cedida ao grupo formado pelo distrito de Newham e o West Ham United, clube que no momento disputa a segunda divisão inglesa e que em março desse ano venceu concorrência contra o Tottenham Hotspur e foi escolhido como proprietário do estádio após as Olimpíadas.

O acordo entre a Companhia do Legado do Parque Olímpico (OPLC) e o West Ham gerou protestos dos clubes londrinos Tottenham e Leyton Orient, que acusaram irregularidades no empréstimo de 45 milhões de euros feito pelo distrito de Newham ao West Ham.

O distrito retirou-se do projeto após dúvidas jurídicas que se acumularam no dossiê, segundo disse o ministro dos esportes britânicos, Hugh Robertson. "Sabemos que existe interesse de proprietários e clubes de futebol no estádio e trataremos de acabar com as dúvidas que se acumularam no projeto". Agora, até que se inicie uma nova concorrência pública, as instalações seguirão como propriedade do governo.

"Esta foi uma vitória do Leyton Orient", disse Barry Hearn, presidente do clube londrino que mais próximo do novo estádio fica. Outro grupo que recebeu com entusiasmo a notícia foi a Federação inglesa de atletismo, que pensa em utilizar o estádio como sede para o Mundial de 2017 e temia pela conservação da pista nas mãos dos clubes de futebol. O Tottenham não se pronunciou.

Ao West Ham caberá realizar uma nova proposta, que, muito provavelmente, será menor já que o clube está na segunda divisão, ou então alugar o estádio para eventuais partidas. "Nós o manteremos público e alugaremos para clubes de futebol, como o West Ham e isso cobrirá o custo do estádio", disse o prefeito de Londres Boris Johnson, já pensando em como arcar com as futuras despesas do estádio que custou aproximadamente 762 milhões de dólares (mais de 1,3 bilhão de reais).

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