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Taekwondista de Londrina (PR) se tornou a primeira medalhista olímpica da história da modalidade no Brasil com o bronze em Pequim
Em Pequim, Natália Falavigna conseguiu conquistar o que faltava para coroar sua carreira: uma medalha olímpica. Depois de perder numa semifinal decidida pela arbitragem, quando empatou com a rival norueguesa, a taekwondista de Londrina (PR) fez uma luta sem percalços na disputa do bronze, abrindo vantagem desde o início e terminando em 5 a 2.
O bronze conquistado por Natália era até então inédito no taekwondo brasileiro, que em Pequim-2008 esteve na terceira Olimpíada.
Em Atenas-2004, a brasileira fez uma campanha excepcional e chegou à semifinal mesmo no sacrifício: fraturou um osso do pé durante um treino a cinco dias de sua estréia. Na disputa pela medalha de bronze, Natália foi vencida e acabou em 4º lugar.
No ano seguinte, a brasileira provou seu valor no esporte. Natália sagrou-se campeã mundial em Madri, na Espanha, conquista histórica para o taekwondo brasileiro. Dois anos mais tarde, em 2007, Natália teve a soberania abalada ao perder a chance do bicampeonato mundial em derrota para a mexicana Rosário Espinoza, nas semifinais. Com o bronze, a brasileira viu a pressão e os questionamentos aumentarem até seu primeiro Pan, no Rio de Janeiro.
Em campanha invicta, Natália teve a oportunidade de ir à forra contra Espinoza, que se tornou sua algoz pela segunda vez em meses. Na final, a brasileira perdeu novamente e levou a prata na decisão da categoria acima de 67 kg.
Com a vaga olímpica assegurada ao vencer a seletiva das Américas em dezembro, Natália ganhou novo fôlego ao vencer o Aberto de Hamburgo no início do ano.
Perfeccionista e sem adversárias no país, o que a fez passar a treinar com homens, Natália começou a se dedicar à luta por acaso, mas desde o início com afinco. Aos quatro anos, quando viu o judoca Aurélio Miguel conquistar o ouro em Seul-88, Natália já tinha uma certeza: também queria ser campeã.
Em 1998, foi convidada por uma amiga para participar de uma aula de taekwondo. Gostou tanto que, ao voltar para casa, disse à mãe que já sabia o que queria fazer para o resto da vida. O técnico da academia observou seu potencial e prometeu que, se ela se dedicasse ao esporte, em dois anos, se tornaria campeã mundial. E foi o que aconteceu.
Em 2000, a atleta paranaense participou de sua primeira competição internacional, o Campeonato Mundial Júnior, na Irlanda, e acabou subindo no lugar mais alto do pódio. Aos 16 anos, tornou-se a primeira brasileira a conquistar um Mundial da modalidade.
A partir de então, não parou mais de conquistar títulos. Das 11 competições internacionais de que participou, Falavigna subiu ao pódio em nove ocasiões. Em 2003, no entanto, uma depressão quase a afastou do taekwondo. Mesmo desacreditada, foi convencida a disputar a Universíade. Uma medalha de prata a reanimou a voltar a treinar.