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Taekwondo

AFP
Débora Nunes parou nas quartas-de-final

Débora Nunes

"O evento-teste em Pequim serviu pra perder o deslumbramento. Foi minha estréia lá. Sei que nesse aspecto eu estou em desvantagem"

Data de nascimento
19/06/1983
Local de nascimento
Porto Alegre (RS)
Residência
São Paulo (SP)
Peso e altura
57 kg / 1,74m
Categoria
Até 57 kg
Participação em Pequim
eliminada na 2ª luta

Débora Nunes contou com a sorte no início da sua jornada em Pequim. Isso porque sua rival na primeira rodada, Lailatou Amadou Lele, do Níger, não compareceu e deu a vitória à brasileira por W.O.

Depois disso, no entanto, a jornada de Débora nas Olimpíadas não se prolongou. Nas quartas-de-final, ela encarou a croata vice-campeã européia, Martina Zubcic, e foi derrotada de virada por 3 a 2. Desta forma, ela foi eliminada da competição, pois sua algoz perdeu a semifinal e tirou a gaúcha da repescagem.

Novata do trio do taekwondo que foi a Pequim, Débora Nunes conseguiu a classificação olímpica no Pré-Olímpico das Américas, em Cali, na Colômbia. Depois de ir mal no torneio Mundial, em Manchester, Débora surpreendeu ao derrotar a norte-americana Diana Lopez, campeã mundial em 2005, na final. Levou o ouro e a vaga.

No início de 2008, a lutadora de 24 anos voltou a conseguir bons resultados, e foi a única da equipe a medalhar em evento-teste realizado em fevereiro como prévia dos Jogos, em Pequim. Débora levou a medalha de bronze e foi a única ocidental no pódio feminino da categoria até 57 kg.

No Pan-Americano do Rio de Janeiro, Débora foi eliminada na primeira fase pela canadense Shannon Condie. Após empate no tempo normal e no desempate, a luta só foi decidida pela arbitragem sob protestos da delegação brasileira.

Em 2006, foi campeã nos Jogos Sul-Americanos de Buenos Aires. Entre seus principais incentivadores, Débora destaca a olímpica Natália Falavigna. "Natália é muito apegada à religião e com ela aprendi a ter calma e sempre pensar no melhor, na minha superação. Sou bem amiga dela, e ela me incentiva muito. Além disso, ela foi a responsável por um salto do taekwondo no Brasil. Essa evolução foi graças a ela e ao Diogo [Silva]."

Antes disso, a atleta se destacou mais no cenário nacional. O momento decisivo em sua carreira foi em 2003, quando foi convidada pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) a integrar a equipe olímpica.

"Era muito difícil participar das seletivas. Tinha que escolher entre disputar o Campeonato Brasileiro e a seletiva, não tinha dinheiro para as duas coisas. Fui pro Brasileiro e fui campeã. Nunca mais saí da seleção", lembra. No ano seguinte, Débora disputou seu primeiro Pan-Americano da modalidade e conquistou a medalha de bronze.

Desde pequena, sua mãe sempre a incentivou a praticar esportes. Interessada por lutas, praticou judô durante um ano, quando conheceu por acaso o taekwondo em 1996. "Meu vizinho tinha começado a lutar e me mostrou alguns fundamentos. Eu gostei e passei a treinar com ele na garagem", conta. Só depois de um ano Débora passou a freqüentar uma academia.

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