Márcio Wenceslau

Márcio Wenceslau teve um começo animador, mas foi derrotado a uma luta da semifinal.

Márcio Wenceslau teve um bom começo em Pequim. Contra o iraniano Reza Naderian, ele travou um duelo disputado até o fim, quando acertou um golpe frontal, que depois viria a lhe render a vitória por 2 a 1.

Sua participação nas Olimpíadas, porém, foi encerrada logo depois. O brasileiro chegou perto da vitória, mas foi derrotado pelo espanhol campeão mundial Juan Antonio Ramos por 3 a 2 nas quartas-de-final da categoria até 58 kg. Como seu algoz perdeu a luta seguinte, o paulista foi eliminado da disputa.

Depois de ver seu irmão, Marcel, que é também seu principal concorrente na categoria até 58 kg no país, competir em Atenas-2004, Márcio foi a Pequim repetindo nos Jogos Olímpicos o "revezamento" que tem travado com o irmão nas edições do Pan-Americano.

Márcio estreou em Winnipeg-1999, com um presente de Marcel. Na seletiva, o irmão foi o vencedor da vaga, mas abdicou dela para Márcio competir. Quatro anos depois, em Santo Domingo-2003, Marcel foi o classificado.

No Pan do Rio de Janeiro, no ano passado, Márcio foi quem representou o país, e perdeu a medalha de ouro para o dominicano Gabriel Mercedes. O brasileiro esteve em desvantagem até o último segundo do tempo normal, quando o adversário recebeu punição por fugir do combate. No desempate, nenhum dos lutadores conseguiu pontuar e os árbitros decidiram dar a vitória para o dominicano.

Mas a maior conquista de Márcio foi em 2005, quando foi vice-campeão mundial em Madri, na Espanha. A vaga olímpica veio com o título do Pré-Olímpico das Américas em dezembro de 2007, na Colômbia.

A inspiração para a luta ele trouxe da infância. "Sempre quis ser igual ao Van Damme. É meu ídolo. Jackie Chang, Jet Li e Bruce Lee também." A afirmação resume a procura de Márcio Wenceslau pela modalidade. Quando criança, Márcio e seu irmão, Marcel, também taekwondista, gostavam de imitar os seriados japoneses da TV. "Assistíamos Jaspion e Changeman e ficávamos brincando de luta depois", lembra o atleta.

Após ver uma reportagem na TV sobre o taekwondo, a mãe dos atletas os levou a uma academia, para uma aula experimental. "A família toda foi a essa aula, eu, o Marcel, meu pai e meus outros dois irmãos, só a minha mãe não participou. Todos nós gostamos, demos continuidade, e estamos treinando até hoje, mas atualmente somente eu, o Marcel e meu pai", conta Márcio, que tinha 10 anos.