* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Quando voltei da Austrália e contei minha história, me ajudaram. Fiz a cirurgia (para correção da miopia) e hoje não uso óculos".
Denílson Lourenço começou bem sua participação nas Olimpíadas de Pequim ao derrotar o ucraniano Maksym Korotun por ippon. Entretanto, ele foi eliminado logo na seqüência pelo tcheco Pavel Petrikov, que não avançou na chave e o tirou da disputa.
"Ele me enrolou na luta, não consegui encaixar. Eu queria ficar mais no chão e foi ele que ficou se jogando só pra ganhar tempo, fazendo muitos ataques falsos. Mas a maioria das lutas são assim. Eles ficam se jogando no chão pra ganhar tempo e às vezes os juízes acham que ele deu o ataque", lamentou o atleta após o combate.
Atleta mais velho do time masculino, Denílson Lourenço voltou à equipe olímpica brasileira após uma das maiores decepções de sua carreira em sua primeira edição dos Jogos Olímpicos. Em Sydney-2000, o judoca paulista perdeu uma luta que considerava ganha.
Na época, ele lutava com lentes de contato. Durante o combate, porém, perdeu as lentes e, por causa disso, o combate. Mesmo com dificuldades para enxergar o placar, ele continuou lutando como se nada tivesse acontecido. A menos de 30 segundos do final, fez seu adversário, o bielo-russo Natik Bagirov, ser punido.
Achando que estava na frente, não partiu para o ataque nos segundos finais. O rival, porém, tinha um koka, a menor pontuação do judô, de vantagem e acabou vencendo. "Eu não enxergava o placar direito e o técnico (da delegação brasileira) disse que eu estava na frente", lembra o judoca.
Após a decepção de 2000, ele teve trabalho para voltar à equipe. Em 2004, o representante brasileiro na categoria foi Alexandre Lee. O descendente de chineses também foi ao Pan do Rio de Janeiro, no ano passado, para conquistar o bronze.
No Mundial do Rio, porém, Lee se machucou às vésperas da competição. Denílson foi chamado às pressas, mas, com a convocação inesperada, acabou se apresentando muito acima do peso e foi cortado. Apesar da desconfiança, superou Lee no processo seletivo para definição da seleção brasileira e foi confirmado para Pequim.
Desta vez, porém, garantiu antes que a visão não o atrapalhasse. "Quando voltei da Austrália e contei minha história, resolveram me ajudar. Eu fiz a cirurgia (para correção da miopia) e hoje nem preciso de óculos".