* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Vou para a Olimpíada buscar a medalha, sei que será bem difícil, mas preciso sonhar com isso para a preparação ser a melhor até lá".
Para dar suas primeiras remadas Nivalter Santos precisava de R$ 20. Mas só tinha a metade do valor. Um amigo fez uma vaquinha e bancou a outra parte. Foi assim que ele conseguiu passar o mês inteiro remando. E depois teve que parar.
Em um domingo, enquanto o sergipano passeava em uma feira de rolos em São Vicente, no litoral de São Paulo, onde foi morar, Nivalter encontrou uma pessoa que acabou fazendo sua cabeça e seu bolso para voltar a remar. Pedro Sena, técnico da seleção brasileira de canoa, era o coordenador do projeto social onde ele havia dado suas primeiras remadas. Bancou seus treinos só para vê-lo voltar para água.
Hoje Nivalter considera Sena como um pai. Quando foi morar em São Vicente, sua mãe trabalhava duro para pagar o aluguel de R$ 300 na favela México 70, onde a família vivia. Antes da mudança, a vida em Aracaju também era complicada. “Nossa condição financeira era muito ruim. Só tinha a minha mãe, meu pai não ajudava”, comenta o canoísta.
Em três anos ele foi parar na seleção brasileira. Caçula do grupo, passou a acumular medalhas nacionais e internacionais. Ganhou oito vezes o título brasileiro, obteve uma inédita nona colocação no Mundial do México e ganhou notoriedade no país em 2007, quando conquistou a medalha de bronze no C1 500 m nos Jogos Pan-Americanos.
Em maio deste ano, Nivalter atingiu o ápice que qualquer esportista gostaria: carimbou o passaporte para as Olimpíadas de Pequim. Ele ficou em segundo lugar no C1 500 m no Pré-Olímpico da América, mas acabou beneficiado por uma "brecha" no regulamento, que impedia a ida do Canadá e do México em duas provas, e acabou herdando o lugar dos canadenses.