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27/08/2008 - 09h56

Bicampeão, técnico de Maurren diz que acreditava mais em pupilo panamenho

Antoine Morel
Em São Paulo
Nélio Moura saiu de Pequim como o melhor técnico de salto em distância do mundo. Primeiro, viu Irving Saladino, panamenho que treina no Brasil, vencer a prova no Ninho de Pássaro. Dias depois, foi bicampeão olímpico com o título da brasileira Maurren Maggi na mesma prova.

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Com a experiência de um treinador agora admirado no mundo, o brasileiro mostrou que se surpreende com o potencial da saltadora, que trouxe o primeiro ouro em um esporte individual para as mulheres.

"O Irving foi para Pequim como o grande favorito. A Maurren era uma das favoritas. Os dois na mesma semana. Foi só felicidade mesmo. A gente sabia que o Irving só não podia errar. Já a Maurren tinha que fazer a melhor marca do ano e fez", explicou.

Sem ter um planejamento fechado ainda para o próximo ciclo olímpico, Moura contou que vê em Maurren muitos limites, mas diz que "ela agüenta muito" também. A referência é o período conturbado da carreira da atleta, quando ela ficou fora das competições por causa de uma acusação de doping em 2003.

"Antes eu pensava que ela tinha perdido os três melhores anos da carreira dela. Será? Agora já não sei. Depois dessa medalha de ouro, eu já não sei. Tecnicamente, agora com 32 anos, ela estaria na curva descendente. Mas não está", declarou o treinador, que trabalha ao lado da mulher, Tânia Moura.

O casal ainda terá que sentar para planejar o próximo ciclo olímpico da saltadora, que já mostrou vontade de estar em Londres-2012, mesmo com 36 anos. Antes de qualquer marca ou título, Moura comemora o grande número de finais do Brasil em Pequim.

"Se tivéssemos contabilizado só a quantidade de finais que chegamos, a gente já tinha garantido a melhor participação em Olimpíadas. A medalha da Maurren só colocou a cereja no bolo", afirmou ele, ao lado da pupila, depois de desembarcar em São Paulo nesta terça.

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