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26/08/2008 - 16h33

Maurren relata choro de Pelé por medalha e sorte do ex-craque

Antoine Morel
Em São Paulo
Maurren Maggi desembarcou na tarde desta terça no Brasil com uma história para contar. A medalhista de ouro do atletismo nacional nos Jogos Olímpicos de Pequim, algo que não ocorria desde 1984 para o esporte, lembrou o sentimento da conquista no Ninho de Pássaro e de um personagem especial.

AFP
Ao lado do técnico Nélio Moura, Maurren Maggi passeou de carro aberto por SP
FOTOS DO PASSEIO POR SÃO PAULO
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MAURREN ADIA APOSENTADORIA
BALANÇO OLÍMPICO DO ATLETISMO
"Eu estava dando um abraço chorando no Gesta [Roberto Gesta, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo] e vi um senhor atrás chorando também. Quando vi melhor, era o Pelé. Não imaginava que ele estivesse ali. Ele me disse: 'Você não tem noção do que você fez'. Eu acho que ele trouxe a energia positiva. Eu acredito muito nisso", contou a saltadora, que no estádio olímpico conseguiu a marca de 7,04 m.

Maurren ficou na frente da russa Tatyana Lebedeva, que teve apenas um centímetro a menos que a brasileira na disputa da medalha. Só após o último salto da adversária que ela comemorou. "É muito alegria. A melhor sensação foi ver a marca dela. Foi um alívio para mim", relatou a atleta, que ainda tinha um salto para fazer, mas preferiu comemorar.

Nascida em São Carlos (interior do estado de São Paulo), Maurren terá homenagem na sua cidade natal com uma estátua que será construída no mesmo tamanho do seu salto, 7,04 m. Ainda na capital nesta terça, ela faz uma passeata com o carro de bombeiro que acaba no Parque do Ibirapuera.

"Ainda não caiu a ficha. Eu dormi abraçada com a medalha e até evitava dormir para tudo não parecer um sonho", relatou. Como prêmio, a saltadora recebeu um cheque de R$ 100 mil do patrocinador e uma viagem aos Estados Unidos para visitar a Disney.

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