A vitória sobre a Nigéria por 1 a 0 neste sábado na decisão dos Jogos de Pequim confere à Argentina supremacia nos últimos quatro anos em torneios de equipes imediatamente abaixo da seleção principal, com dois títulos seguidos em Olimpíadas e mais dois em Mundiais Sub-20.

Desta forma, a Argentina vê despontar uma geração vencedora, em promessa de renovação da equipe principal, distante há muito tempo de grandes conquistas.

Formada por atletas sub-23 com adição dos 'veteranos' Riquelme, Mascherano e Pareja, a seleção comandada pelo técnico Sergio Batista conquistou o ouro olímpico no estádio Ninho de Pássaro com uma série de integrantes das equipes que levaram as últimas duas edições do Mundial Sub-20.

Seis atletas que venceram os Jogos de Pequim estiveram na campanha do Mundial Sub-20 da Holanda, em 2005, como o astro Lionel Messi e o volante Fernando Gago.

Do título do Mundial Sub-20 no Canadá, em 2007, saíram cinco representantes da equipe campeã olímpica na China, como a estrela ascendente Sergio Aguero e Angel Di Maria, autor do gol do título neste sábado contra os nigerianos.

Apenas um jogador repetiu o ouro em 2004 e 2008, Javier Mascherano, que na China defendeu a Argentina como uma das três exceções acima de 23 anos.

A expectativa é que parte dos campeões olímpicos de Pequim já integre a seleção do país na missão da próxima Copa do Mundo, na África do Sul, daqui a dois anos.

"Vim como um dos maiores e tinha a responsabilidade de ser um dos mais velhos. Não tenho palavras para explicar minha felicidade. Ganhar uma medalha para seu país é algo lindo", comemorou o ex-corintiano Mascherano após a conquista deste sábado no principal palco dos Jogos de Pequim.

No entanto, o sucesso em equipes menores não significa necessariamente a garantia de uma geração repleta de glórias no time principal. A Argentina conhece bem essa lição.

Entre 1995 e 2001, a seleção argentina levou três das quatro edições disputadas do Mundial Sub-20, em série de times construídos pelo célebre técnico de categorias de base Jose Pekerman, que posteriormente teria sua chance na equipe principal.

Mas, apesar de forjar nomes como Sorín, Samuel, Cambiasso, Riquelme, Saviola e D'Alessandro, o futebol argentino viu sua equipe principal seguir sem títulos desde então, seja em âmbito mundial ou regional.

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